Quipungo – O governador da Huíla, Nuno Mahapi, desafiou hoje, segunda-feira, no Quipungo, o seu novo administrador, José Vital, a usar todos os recursos disponíveis para devolver ao município o estatuto de maior produtor de milho da região sul e pensar em exportar o grão.
O nome Quipungo veio do vocábulo de origem nhaneka-humbi (Epungo), que significa grão de milho, tendo até a década de 1990 sido o maior produtor, com mais de 250 mil toneladas por ano.
O município acolheu na década de 1980 a Campanha Nacional de Colheita do Milho. Foi conhecido por ter a maior potencialidade para a produção do cereal a nível nacional, título que tem-se perdido aos poucos, por falta de incentivos ao agricultor, irregularidade das chuvas e carência de políticas de escoamento.
O repto foi lançado durante a apresentação do novo administrador aos membros da administração, tendo o governador orientado a fazer de Quipungo uma terra de trabalho, devendo-se apostar na agricultura, sem descurar os sectores da educação, saúde e rede viária.
Disse esperar que Quipungo dê o seu contributo na segurança alimentar do país dentro de dois anos e criar políticas de exportação do seu maior activo, o milho.
Alertou ainda para a necessidade de prestar-se igualmente atenção a formação da população, desde a alfabetização e promoção de cursos técnicos-profissionais, aproveitando os parceiros que têm nas suas vocações sociais a referida componente para tornar o município mais atractivo.
José dos Santos Vital substituiu Amélia Casimiro, que esteve durante cinco anos a administrar o município, que atingiu esta categoria a 15 de Setembro de 1901.
Dista a 120 quilómetros a leste da cidade do Lubango, ocupando uma extensão territorial de cinco mil 675 quilómetros quadrados, com uma população estimada em 196 mil 565 habitantes.