Ndalatando – Sete das 31 comunas da província do Cuanza-Norte ganharam o estatuto de município no quadro da nova Divisão Político-Administrativa (DPA) do país, que elevou para 17 o número de municipalidades contra as anteriores 10.
Foram elevadas a município as comunas da Aldeia Nova e Caculo Cabaça, que antes pertenciam a Banga, bem como Tango e Luínga, anteriormente sob jurisdição de Ambaca.
Fazem, ainda, parte dos novos municípios Terreiro, ex-comuna de Bonlongongo; Massangano, desanexado de Cambambe; e Cêrca, antes pertencente ao município do Golungo Alto.
Com esta alteração, Cuanza-Norte passa agora a ser constituída pelos municípios de Ambaca, Aldeia Nova, Banga, Bolongongo, Cazengo, Cambambe, Caculo Cabaça, Cêrca, Golungo Alto, Luínga, Lucala, Massangano, Ngonguembo, Quiculungo, Samba Caju, Tango e Terreiro.
Com o surgimento dos novos municípios, o número de comunas reduziu de 31 para 24.
A nova DPA, que começou a ser implementada este mês, visa melhorar a gestão de cada circunscrição territorial, aproximar os serviços públicos aos cidadãos, reduzir as assimetrias e fazer uma distribuição equilibrada da riqueza pública.
Localizada na região Centro-Norte do país, a província do Cuanza-Norte tem como capital a cidade de Ndalatando, no município de Cazengo.
Actualmente, conta com uma população estimada em 500 mil habitantes distribuídos por uma área de 24 mil 110 quilómetros quadrados.
A província foi criada, a 15 de Agosto de 1914, com a divisão do então distrito do Cuanza em duas províncias (Cuanza-Norte e Cuanza-Sul).
Até 1980, Cuanza-Norte tinha 13 municípios, três dos quais ( Pango Aluquém, Dembos e Bula Atumba) foram desanexados para criar uma nova unidade territorial, no âmbito da primeira Divisão Político-Administrativa do país, que ditou a constituição da província do Bengo, depois da Independência Nacional.
Reacções
O governador provincial do Cuanza-Norte, João Diogo Gaspar, destacou o impacto da nova Divisão Político-Administrativa do país na criação de novos postos de trabalho.
Salientou que as sete novas unidades territoriais de nível municipal, além de necessitarem de sete novos administradores municipais com seus adjuntos, vão carecer, também, de novos funcionários a distintos níveis para os diversos sectores.
Para o bispo da diocese de Ndalatando, Dom Almeida Kanda, apesar dos desafios que acarreta, a nova DPA vai aproximar os serviços públicos à população e reduzir as assimetrias.
O bispo augurou que as pessoas a serem indicadas para desempenhar funções públicas nas novas unidades territoriais aceitem o desafio e se abram ao futuro.
“Trabalhem para o engrandecimento da província, que tenham sabedoria e que aprendam a caminhar com as populações, saibam escutar mais e que o empenho de todos possa abrir novas perspectivas e novos caminhos para o desenvolvimento da província”, exortou o bispo católico. DS/IMA/IZ