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Neto via agricultura como factor de desenvolvimento

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  • Cuanza Norte • Quinta, 02 Junho de 2022 | 12h24
António Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola
António Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola
Cedida

Ndalatando – O Primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, via a agricultura como factor de desenvolvimento e auto-suficiência alimentar do país, afirmou esta quinta-feira o escritor e historiador angolano Manuel da Costa Canjungo.

Em entrevista à ANGOP, em Ndalatando, província Cuanza Norte, a propósito do centenário do nascimento de Agostinho Neto, o historiador afirmou que a visão do fundador da Nação angolana está patente na frase “A agricultura é a base e a indústria o factor decisivo”.

Considerou o primeiro Presidente do país como um homem exigente e ambicioso, que tinha, além da cultura, a agricultura como uma das paixões.

Manuel Canjungo, que, em 1979, era o director do Mucoso, disse que Agostinho Neto ficou muito satisfeito com os níveis de produção da fazenda, quando a visitou, naquele ano.

Além do Perímetro Irrigado do Mucoso, situado no município de Cambambe, província do Cuanza Norte, faziam parte do Agrupamento de Produção de Cambambe a Fazenda 4 de Fevereiro, também conhecida por Hombo Diogo.

O nível de produção do perímetro estava estimado em duas mil e 800 toneladas de banana/ano, duas mil de citrinos e 150 de hortícola, principalmente tomate.

A infra-estrutura, que contava com mais de três mil trabalhadores, poderia contribuir mais para a cadeia alimentar do país com o aumento da produção, segundo as perspectivas de Agostinho Neto, a julgar pelo nível de organização e de produção do empreendimento.

O historiador afirmou que, após a morte de Agostinho Neto, os trabalhadores ficaram muito triste e sentiram-se órfãos, acrescentando que o falecimento do então Presidente desvirtuou a sua orientação para a criação de uma base alimentar de sustentabilidade no país.

Manuel Canjungo lamentou o facto de o país enveredar pela exploração de combustíveis fósseis e mineiras em detrimento da produção agrícola, facto que, na sua óptica, contribui para a dependência na exportação de alimentos e vestuário.      

Em 1978, foram plantados no perímetro 350 hectares de banana e reabilitados 60 hectares de citrinos, além de varias extensões para o cultivo de hortaliças.

O Perímetro Irrigado do Mucoso possui actualmente 500 hectares prontos para a produção de frutas, hortícolas e cereais, nos quais pequenos agricultores produzem em pequena escala.

O Executivo angolano investiu mil e 300 milhões de kwanzas nas obras de reabilitação do perímetro, efectuadas entre 2010 e 2013.

O empreendimento era considerado celeiro nacional no âmbito do reforço da produção da frutícultura.

Inaugurada em 2014, a infra-estrutura abrangeu igualmente a reabilitação de residências geminadas para os técnicos, áreas de serviço, construção de uma lavandaria e chafarizes comunitários destinados a atender as necessidades da comunidade de cerca de mil e 700 pessoas, residentes na área adjacente.

Constam também das obras um centro de estocagem de produtos com três naves equipadas com câmaras frigoríficas com capacidade de mil toneladas cada.

A fase inicial do projecto inseriu a experimentação de culturas adaptáveis ao solo da região, algumas delas melhoradas e cujos indicadores davam provas para o arranque da produção já em Janeiro de 2015.

O processo de revitalização do perímetro incluiu a preparação de 500 hectares de terra para o cultivo de frutícolas, hortícolas, divididos em 166 parcelas de três hectares cada.

Reabilitado pela empresa espanhola “INCATEMA”, o projecto abarcou ainda a reabilitação de 22 quilómetros e 200 metros de estradas circundantes, para facilitar a circulação de pessoas e máquinas.

O Executivo angolano estuda a possibilidade de privatizar o perímetro para melhor aproveitamento e rentabilidade.

 





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