Ndalatando - Três milhões e 500 mil metros quadros de terras foram desminados na província do Cuanza-Norte desde 1996, pela ONG Ajuda Popular da Noruega, o que permitiu a sua transformação em campos agrícolas.
Com isso, o trabalho de desminagem desenvolvido pela organização está a beneficiar directamente 15 mil e 532 cidadãos e 295 mil e 315 indirectamente, através da prática da agricultura, pesca, pecuária e livre circulação de pessoas e bens.
Em declarações esta terça-feira (9) à ANGOP, o responsável adjunto da Ajuda Popular da Noruega (APN) em Angola, Joaquim da Costa, informou que foram removidos e destruídos um total de mil e 32 minas do tipo anti pessoal, 207 engenhos explosivos não detonados (UXO) e 533 engenhos explosivos abandonados (AXO).
Desde o início das suas actividades, indicou, após acreditação operacional no sector em Angola em 1995, a APN estabeleceu bases operacionais em diversas regiões do país, permitindo a clarificação de vários campos minados em 15, das 18 províncias de Angola, incluindo a do Cuanza Norte, entre 1996 e 2006.
O trabalho da APN, explicou, foi desenvolvindo de forma intercalada tendo em conta as prioridades do momento e questões de segurança, por limitações impostas pelo conflito armado até 2002.
Em 2020, a APN voltou a destacar uma equipa no Cuanza Norte, para de forma progressiva, clarificar todos os campos minados catalogados na base de dados nacionais, gerida pela Agência Nacional de Acção contra Minas (ANAM).
Precisou que além do número de projécteis removidos, foram igualmente destruídas uma quantidade considerável de UXOs e AXOs, mediante a realização de tarefas pontuais de respostas rápidas a solicitações das comunidades.
Informou que, de acordo com a base de dados da ANAM, estão por concluir na província do Cuanza-Norte sete campos minados.
A APN realiza trabalhos de desminagem em 15 das 18 províncias do paÍs, com excepção da Lunda Norte, Cabinda e Namibe. EFM/IMA/SC