Luanda – O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva, pediu, esta quinta-feira, aos seus militantes, unidade e coesão interna do partido, sem deixar ninguém de fora.
Para o líder partidário, que falava na abertura do XIII Congresso UNITA, é preciso coragem, diálogo, patriotismo e humildade, para controlar as ambições desmedidas.
A UNITA, partido na oposição, realiza até sábado o seu XIII Congresso, com foco na eleição do novo presidente.
A realização do conclave é consequência da anulação do congresso anterior, pelo Tribunal Constitucional, que considerou” sem efeitos, por violação da Constituição, da Lei e dos Estatutos”.
Isaías Samakuva reconheceu que é um exercício difícil, reconhecendo a necessidade de elevar o interesse colectivo acima das legítimas aspirações e estratégias de grupos.
Afirmou que o sentido de missão deve imperar para contornar e ultrapassar os obstáculos, sob pena de se perder tudo o que se conquistou.
“O Congresso só será útil se servir para aprovar e consolidar estratégias que permitam, também, sair das suspeições e acusações gratuitas”, observou.
Apelou aos congressistas que evitem o sequestro colectivo da UNITA e dignifiquem a memória de todos, como símbolo de unidade interna.
Por outro lado, afirmou que "forças ocultas" tudo estão a fazer para manchar o bom nome da organização e plantar a discórdia e a desunião.
Destacou a consagração constitucional de Angola, como Estado democrático de direito, como principal instrumento para o engrandecimento de todos os angolanos.
Com lema “Ano da mobilização dos patriotas para alternância do poder” participam do evento mil e 150 delegados das 18 províncias do país, eleitos nas conferências comunais, municipais e provinciais, realizadas em Novembro.
A UNITA foi fundada em 1966 e nas eleições gerais de 2017 obteve 26, 72 por cento dos votos, perfazendo 51 assentos na Assembleia Nacional.