Lubango – O inspector-geral da Administração do Estado (IGAE), João Francisco, exortou hoje, quarta-feira, no Lubango, os servidores públicos a pautarem pela imparcialidade no tratamento de utentes que diariamente procuram os seus serviços.
João Francisco falava aos administradores municipais, directores provinciais, magistrados do Ministério Público, órgãos de defesa e segurança e membros da sociedade civil, numa palestra sobre a "Ética na Administração Pública", no âmbito da sua visita à província da Huíla, que visou constatar a funcionalidade da administração pública.
Destacou ser necessário a observância da moderação, têmpera, parcimónia, contenção e proporcionalidade, porque a inobservância da ética e da deontologia profissional está um pouco presente nas instituições, defraudando as expectativas de quem pretende os serviços públicos.
Existem erros e falhas que são inerentes a qualquer actividade, mas é preciso aferir os excessos ou desproporcionalidades que podem resultar em negligência ou má compreensão da lei, pelo que os erros devem ser corrigidos.
Sublinhou que há uma tendência, às vezes, de as instituições criarem situações que dificultam os utentes por mera “má fé”, na tentativa de humilhá-lo, alertando para a necessidade da busca pelo bem comum.
“Não interessa se gosta ou não da pessoa, a imparcialidade e a neutralidade nos obrigam a termos uma posição de equilíbrio, de controlo das emoções, pois a missão é complexa e pode ser mal entendida”, aludiu.
Por sua vez, o governador provincial da Huíla, Nuno Mahapi, apontou a transparência, a responsabilidade e a integridade como princípios mais importantes neste processo, pois é essencial que todos estejam comprometidos com a ética nas mais variadas esferas da administração pública.
“A nossa sociedade deposita a sua confiança nos gestores públicos, para tomarem decisões que promovam o bem-estar colectivo e o desenvolvimento colectivo, pelo que esta confiança só pode ser mantida se agirmos com honestidade, respeito e compromisso com o interesse público”, enfatizou. BP/MS