Lubango – Antropólogo Helder Bahu defendeu, esta sexta-feira, no Lubango, a necessidade de salvaguardar-se os interesses das populações que habitam nas zonas ribeirinhas do Corredor do Lobito, por haver muitos locais de interesse histórico, como cemitérios.
Em declarações à ANGOP, na sequência da visita do Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, o académico acosenlhou, caso haja desalojamento dessas comunidades, a atentecipação de estudos que possam medir o impacto dessa acção.
Disse ser necessário que, em tal estudo, se detalhe como seria feito o realojamento das comunidades, mas com vantagens do ponto vista de formação e até de empregabilidade, evitando que as pessoas fiquem numa situação de miséria.
“Não sei se haverá a necessidade de se fazer alguma exumação em alguns daqueles territórios, contudo, é importante que sejam vedados cemitérios, mesmo que não seja todo espaço para a família, isso é importante do ponto de vista de negociação e de diminuição do trauma, em caso de movimentação das comunidades”, elucidou.
Para a questão ambiental, o também presidente do ISCED-Huíla sugere que se deve olhar o impacto em toda a sua proporção, desde o desmatamento até a intervenção anormal no espaço.
O Corredor do Lobito compreende uma linha ferroviária que liga Angola à República Democrática do Congo (RDC) e à Zâmbia, permitindo o transporte de minerais e matérias-primas para os mercados globais. BP/MS