Cahama – Angola continua empenhada na modernização da sua Força Aérea Nacional (FAN), visando assegurar e fortalecer a defesa da soberania do país, reafirmou este domingo o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general de Aviação Altino dos Santos.
Ao falar no acto central alusivo ao 48º aniversário da FAN, o general Altino dos Santos disse que a modernização deste ramo das FAA "é fundamental" para a defesa da soberania, da integridade territorial e do espaço aéreo nacional.
Confirmou que o processo de reestruturação das FAA decorre "sem sobressaltos" face aos desafios do presente e do futuro, bem como aos eventuais riscos e ameaças do ambiente de incertezas que caracteriza a actual conjuntura.
“Com isso pretendemos uma Força Aérea mais forte, moderna e devidamente equipada, bem treinada e capacitada no elevado sentido patriótico do seu efectivo, para melhor cumprimento das suas nobres missões”, referiu.
Lembrou que, em Novembro de 2023, as FAA reformaram um número considerável de militares por limite de idade, entre oficiais generais, superiores, subalternos e até "pessoal menor", que saíram "com o sentimento de dever cumprido".
Neste sentido, explicou que o objectivo é continuar a apostar nos jovens para manterem o legado deixado por "estes bravos e corajosos combatentes, para preservarem a mística de luta deste ramo".
Como factor determinante para o cumprimento de determinadas missões, afirmou, tem-se apostado seriamente na formação de quadros de forma progressiva e sucessiva, para lidarem com matérias combativas e operacionais.
Fez saber que a FAN constitui um ramo que sempre contou com homens bravos, cheios de coragem, que lutaram de corpo, alma e coração pela causa da pátria, deitando suores, sangue e lágrimas nos campos de batalha para evitar a penetração do inimigo nas áreas desejadas.
Exortou os efectivos a manterem-se firmes no cumprimento das obrigações militares e incentivar a juventude a consolidar a experiência e a preservarem os valores que caracterizam as Forças Armadas.
No município da Cahama, província do Cunene, o governante reconheceu que a FAN se tem superado por mérito próprio em toda as "circunstâncias críticas" nos capítulos organizativos, para enfrentar com firmeza, sacrifício, bravura e coragem os momentos que marcaram a história deste país.
Apontou que os factores económicos, diferenças sociais, étnicas, religiosas, entre outras estão na base do surgimento dos conflitos no Continente Africano, que perigam o desenvolvimento e deterioram as condições de vida dos cidadãos.
Angola como campeã da Paz em África, afirmou que tem sabido desenvolver o seu papel principalmente a nível das organizações regionais que faz parte, contribuindo desta forma para que a paz reine e prevaleça, em função dos conflitos existentes no continente.
Altino dos Santos exortou ao contínuo cumprimento das missões de modo a salvaguardar a integridade territorial, soberania e indecência nacional, cerrando fileiras em torno do seu Comandante em Chefe.
Na sua intervenção, o comandante da Força Aérea Nacional, general Virgínio Pinto, disse que continuaram a trabalhar para tornar uma força área mais moderna, forte e disciplinada em prol do desenvolvimento e da preservação da paz no país.
“Vamos estar envolvidos com espírito, patriotismo e responsabilidade na nossa missão de servir com honra a nossa pátria Angola”, realçou.
Estiveram presentes no acto que decorreu no Comando do Aeródromo de manobra da Cahama, da Força Aérea Sul, os governadores do Cunene e da Huíla, Gerdina Didalelwa e Nuno Mahapi Dala, que enalteceram a prontidão deste ramo das FAA no garante da integridade territorial.
A Força Aérea Nacional é o ramo aéreo das Forças Armadas de Angola. A Força Aérea Angolana foi criada a 21 de Janeiro de 1976, comemora os 48 anos sob o lema “ Rejuvenescer com esperança no Futuro”.PEM/LHE/IZ