Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, garantiu, esta terça-feira, em Luanda, que o Executivo vai aplicar cerca de 240 milhões de dólares, dos recursos do Estado, para o programa de desminagem, por formas a que o país seja declarado livre de minas até 2027.
O Estadista revelou estes números ao proferir a mensagem sobre o estado da Nação, no acto de abertura do ano Parlamentar, referindo que a verba será canalizada entre os anos 2025/2026, com vista a erradicação das minas anti-pessoais e outros engenhos explosivos no território nacional.
De acordo com o Chefe de Estado, o mesmo serve para garantir o percurso do desenvolvimento económico e social e a atracão contínua do investimento.
Forças Armadas Angolanas (FAA)
Ao pronunciar-se sobre as Forças Armadas Angolanas (FAA), João Lourenço afirmou que continuam a ser o baluarte da defesa nacional, estando em permanente prontidão e preparação.
Neste sentido, referiu que decorre a bom ritmo o programa da sua reestruturação, bem como a adequação do seu sistema de forças e do dispositivo militar do país, o qual permitirá o redimensionamento gradual das FAA, estabelecendo a quantidade do efectivo militar necessário para o cumprimento das suas missões e o seu reequipamento, em função dos recursos disponíveis.
Estão em curso importantes projectos nos domínios da produção de uniformes militares, bem como o desenvolvimento de planos agro-industriais no sector da Defesa, com vista a garantir capacidade de produção de alimentos para as Forças Armadas.
Neste sentido, referiu-se ao facto de estar a ser implementada uma unidade de produção de ração de combate para as FAA e Polícia Nacional.
Relativamente à Marinha de Guerra, garantiu que está a ser prestada uma atenção especial aos trabalhos complementares da Base Naval do Soyo, que permitirá um funcionamento pleno do projecto, que tem a sua conclusão prevista para 2025.
Neste sentido, explicou que a Base Naval de Luanda esta a ser requalificada e apetrechada.
Ainda neste sector, salientou a entrada em funcionamento do Centro Nacional de Coordenação e Vigilância Marítima, desde o início deste ano, e os centros regionais de Coordenação e Vigilância Marítima do Lobito e do Namibe, em construção, que tal como as várias unidades de observação costeira vão assegurar que o país tenha melhores condições para fiscalizar a sua costa.
De igual modo, avançou que estão a ser adquiridas embarcações diversas para a Marinha de Guerra, prevendo-se a entrega de todos os meios navais devidamente equipados, do primeiro pacote, até Dezembro do corrente ano.
Igualmente explicou que o Sistema de Vigilância Marítima vai ainda contar com equipamentos adicionais e aeronaves equipadas e adequadas às missões, tendo já começado a chegar ao país. MGM/SC