Luanda - O analista político Osvaldo Mboco defendeu, esta quarta-feira, em Luanda, um maior apoio da comunidade internacional, sobretudo das grandes potências, à Angola na resolução do conflito no Leste da República Democrática do Congo (RDC).
Ao reagir à mensagem sobre o Estado da Nação, em relação ao pronunciamento do Presidente da República, João Lourenço, no que toca ao papel de Angola na resolução pacífica dos conflitos no mundo, disse que tem faltado apoios das instituições internacionais.
Salientou que o país tem agido, sobretudo no processo da RDC, na qualidade de mandatária da União Africana (UA).
“Os vários encontros que nós temos observado, quer as Cimeiras, como as reuniões, são dispendiosas para o cofre do Estado angolano”, frisou.
Por isso, disse ser crucial o apoio por parte da comunidade internacional, da União Africana e das Nações Unidas, sobretudo do ponto de vista financeiro, ao trabalho que Angola tem desenvolvido.
Defendeu ainda a necessidade de um outro apoio das grandes potências, como Estados Unidos da América, China e Rússia, no sentido de desbloquear determinados dossiês, a nível das Nações Unidas, que são de interesses para a resolução deste mesmo conflito.
Este especialista deu nota também ao facto de existirem relatórios, feitos pelos peritos ou especialistas das Nações Unidas, onde fazem referência a um apoio significativo, por parte do Rwanda, ao M23.
Dai que, de acordo com o último relatório do mês de Julho do corrente ano, faz-se referência a aproximadamente três (3) a quatro (4) mil soldados rwandeses a lutarem ao lado do M23.
Para Osvaldo Mboco, no quadro das acções para a pacificação da RDC, existe a necessidade da criação de um programa de modernização do exército congolês, que envolva o treinamento, reequipamento e outros.
Defendeu também o engajamento de outros actores na resolução do conflito, pelo de que a estabilidade neste país, igualmente se reflectirá em toda a região.
Salienta que para que o material bélico chegue ao M23 este tem de possuir locais de trânsito. “Então nós temos que estancar essas linhas que são utilizadas, sendo que deve existir um maior controlo”.
Ainda assim, chamou também atenção dos países que adquirem os minérios extraídos do Leste da RDC, principalmente do ponto de vista da certificação. CPM/SC