Luanda – Um Memorando de Entendimento entre as partes desavindas do Partido Democrático para o Progresso e Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA) foi rubricado esta quarta-feira, em Luanda, visando pôr fim ao conflito interno que dura há cinco meses.
A crise no PDP-ANA despoletou, em Março deste ano, em consequência de acusações que implicavam o presidente da organização, Simão Makasu, num suposto desvio de mais de 100 milhões de Kwanzas dos cofres do partido, entre Setembro de 2017 e Março de 2021.
Como consequência surgiram duas alas, sendo uma dirigida pelo líder partidário e outra por uma Comissão de Gestão encabeçada pelo antigo secretário-geral, Matinga Mbala.
Nos termos do Memorando de Entendimento, as partes decidiram promover um clima de harmonia interna e convocar um congresso para Outubro deste ano, electivo, que deverá rever os estatutos e os desafios futuros da organização.
Decidiram, ainda, criar uma comissão preparatória do conclave, composta por 10 representantes de cada parte, além de se terem predisposto a absterem-se de pronunciamentos públicos acusatórios, que minem a confiança mútua.
As partes comprometeram-se a honrar os compromissos assumidos, tendo o líder partidário, Simão Makasu, afirmado que hoje é um dia de paz e de reconciliação interna.
O Presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Manuel Fernandes, que mediou o conflito, espera que as partes respeitem o compromisso, para que se promova a paz, harmonia e o amor.
O PDP-ANA é um dos partidos membros da CASA-CE, coligação que elegeu 16 deputados à Assembleia Nacional, nas últimas eleições.