Eleições2022: Académicos aconselham regresso a casa depois do voto

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  • Huambo • Sexta, 19 Agosto de 2022 | 12h36
MESA DE VOTO (arquivo)
MESA DE VOTO (arquivo)
Pedro Parente

Huambo – Académicos na província do Huambo aconselharam, hoje, sexta-feira, os eleitores abandonarem as assembleias, depois do exercício de voto e aguardarem pelos resultados em casa, para que “a festa da democracia seja vivida com responsabilidade".

Abordados pela ANGOP, a cinco dias das eleições gerais (quarta-feira), disseram que esperam, durante o pleito, um clima cívico, de paz e urbanidade, com cada cidadão, depois de votar, a retornar aos seus afazeres junto da família e amigos, tratando-se de um dia de tolerância de ponto nacional.

Consideraram importante que, a quatro dias do fim da campanha eleitoral, as forças políticas concorrentes passem apenas mensagens de amor ao próximo, de tranquilidade e harmonia, para que o pelito seja, de facto, uma verdadeira festa da democracia e capaz de orgulhar a todos os angolanos.

A professora e gestora de recursos humanos Márcia Dala reprova e desaconselha a iniciativa de determinados cidadãos que pretendem se manter sentados a 500 metros das assembleias de voto, pois a medida mais assertiva para eleitor tolerante “votou e bazou para casa”.

Apela aos concorrentes às eleições gerais a desencorajarem tal acto aos militantes e a depositarem “a máxima confiança” aos delegados de lista, por eles seleccionados e credenciados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), por serem os seus representantes legais nas mesas de assembleias de voto.

O psicólogo e professor Alberto Praia Tchinhama apelou à observância do civismo, ética, tolerância política e respeito pela diferença, para que as eleições da próxima quarta-feira sejam realizadas num ambiente de paz e harmonia.

Aconselhou os concorrentes a transmitirem mensagem de confiança aos militantes, para que tenham uma conduta responsável e exemplar, à luz da Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais.

“Infelizmente, muitos cidadãos não percebem as consequências de permanecerem nas assembleias, depois de votarem. Este comportamento, além de intimidatório aos membros das mesas de assembleias de voto, incluindo os próprios delegados de lista, desencoraja a população votante a afluir ao exercício de cidadania”, disse.

Por sua vez, o docente e jurista Wilson Beto explicou que, nos termos do artigo 2º da Constituição da República, a República de Angola é um Estado Democrático e de Direito que tem como fundamento a soberania popular, o primado da Constituição e da lei, a separação de poderes e independência de funções, a unidade nacional, o pluralismo de expressão e de organização política e a democracia representativa e participativa.

Acrescentou que a soberania una e indivisível pertence ao povo, que exerce através do sufrágio universal, livre, directo, secreto e periódico o direito de voto, conforme estabelece a Constituição da República.

Neste sentido, disse, as forças políticas concorrentes às eleições gerais são representadas em cada mesa de assembleia de voto pelos delegados de lista, que têm a missão de garantir o bom andamento do processo de votação, daí o facto de ser desnecessária a permanência de militantes junto aos locais de voto, por ser um atentado à tranquilidade do pleito.

“Devemos confiar nas instituições do Estado, pois, desde os primórdios, foi sempre um ente de bem. Este comportamento de permanecer nas assembleias, depois da votação, deve ser reprovado por toda a sociedade, para que as eleições sejam cívicas, justas, livres e transparentes”, disse.

Wilson Bento aconselha a cada eleitor a regressar para casa, tão logo exerça o seu direito livre e democrático, pois que as eleições gerais têm como fim único a eleição do Presidente da República, o Vice-Presidente e os deputados à Assembleia Nacional.

Huambo, quarta maior praça eleitoral depois de Luanda, Huíla e Benguela, registou um milhão, 103 mil e 685 eleitores e constituiu mil e 15 assembleias e mil e 973 mesas de voto.

Tem disponíveis 20 mil 241 delegados de listas das forças políticas concorrentes às eleições gerais, credenciados pela Comissão Provincial Eleitoral (CPE), para a fiscalização efectiva das mesas de assembleias de voto.

Concorrem às eleições de 24 do corrente mês os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, PHA, APN, P-NJANGO e a coligação CASA-CE, enquanto a população votante é de 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil e 560 no estrangeiro.

A votação no exterior, a primeira na história do país, terá lugar em 25 cidades de 12 países.

Estas serão as quintas eleições gerais em Angola, depois dos sufrágios de 1992, 2008, 2012 e 2017, todos ganhos pelo MPLA, seguido da UNITA.





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