Havana - As sanções internacionais a que está submetida a República do Zimbabwe mereceram, nesta terça-feira, a condenação de diplomatas de países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) destacados, em Havana, refere uma nota da Embaixada de Angola em Cuba.
Na actividade, em que participou a embaixadora de Angola em Cuba, Maria Cândida Teixeira, alusiva ao dia da SADC contra as sanções, os participantes foram unânimes na condenação e na solidariedade para com o Zimbabwe.
Na oportunidade, o Embaixador do Zimbabwe, Ignatius Graham Mudzimba, falou dos “terríveis” prejuízos económicos e sociais provocados pelas sanções impostas ao seu país, que tem impedido de aceder a financiamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e do Banco Africano de Desenvolvimento.
Por seu lado, o Embaixador de Moçambique, Eliseu Joaquim Machava, deu a conhecer aos presentes uma mensagem do Presidente em exercício da SADC, o também presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, em que exprimiu solidariedade com a situação económica e social no Zimbabwe.
A presidência da organização regional exprimiu também a sua condenação aos países e instituições que promovem as medidas punitivas que afectam o desenvolvimento de um país membro. “Quando um país membro é agredido, a SADC toda é afectada”, referiu.
Em nome da União Africana, a Embaixadora da África do Sul, Thaninga Pandit Shope-Liney, cujo país preside a organização continental, uniu-se também à onda de solidariedade com o seu vizinho, manifestou igual apoio à Venezuela, ao mesmo tempo que exigiu o levantamento do bloqueio económico norte-americano a Cuba.
Esta é a segunda vez que os países membros da SADC reúnem-se na Havana para condenar as sanções internacionais, que consideram injustas, impostas contra países membros.
A União Europeia e os Estados Unidos da América mantêm, há cerca de duas décadas, sanções contra o Zimbabwe, que visam, sobretudo, familiares e elementos próximos do ex-presidente Robert Mugabe, acusados de violência e fraude eleitoral.
Mergulhado numa crise económica que empurrou grande parte da população para a pobreza, o país necessita desesperadamente de investimento estrangeiro e tem estado a reclamar, por isso, o levantamento das sanções.