Deputada deplora "escalada belicista” mundial

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  • Luanda • Quarta, 04 Setembro de 2024 | 12h28
Deputada Ângela Bragança
Deputada Ângela Bragança
Pedro Parente-ANGOP

Luanda - A deputada Ângela Bragança afirmou, em Bali, Indonésia, que a “escalada belicista” crescente no mundo continua a dizimar a vida de inocentes e contribuído para o atraso na realização dos Objectivos da Agenda 2023 e 2063 da União Africana.

Ao intervir no 1º Fórum Parlamentar Indonésia-África, que encerrou segunda-feira, a deputada sublinhou que Angola participou no encontro confiante num futuro de cooperação que estreite laços, crie pontes e encurte, cada vez mais, o caminho para o desenvolvimento harmonioso dos dois países.

O caminho para o desenvolvimento, segundo a deputada, deve ser feito por meio de acções que promovam cadeias de valor, legislação inclusiva, a cooperação sul-sul, a fiscalização e transparência, parcerias estratégicas, a educação, capacitação e promoção da responsabilidade social corporativa.

Sobre os temas em abordagem no Fórum, tal como  "Construindo Comunidades Resilientes através de Iniciativas de Saúde e Segurança Alimentar" e "Aproveitar o potencial comercial e de investimento para o crescimento económico inclusivo", Ângela Bragança disse serem complementares por se tratarem de diferentes componentes para a promoção do crescimento económico e inclusão.

O fórum pretendeu com as abordagens que os parlamentos aproveitem os programas de intercâmbio de peritos agrícolas e cientistas entre a Indonésia e Africa, a fim de facilitar a difusão do conhecimento e a aprendizagem Sul-Sul.

A deputada recordou que Angola e a Indonésia estabeleceram relações diplomáticas há vários anos, mas, apenas em 2023, o Executivo decidiu abrir uma embaixada neste país, acreditando ser uma mais valia e um mecanismo de concretização da cooperação que se pretende seja crescente, sólida e construtiva, tanto no plano governamental, tanto no Parlamentar.

"Há potencial, oportunidades e desafios, temos que definir o caminho, mas é possível realizar”, sublinhou a deputada.
 

Ângela Bragança, que se faz acompanhar igualmente das deputadas Clarice Kaputo e Leonor da Lima e Cruz, disse que a delegação "sentiu, desde a chegada, o espírito de Bandung, testemunhado na solidariedade e cooperação mútua que constitui o objectivo desta Conferência”.

 

Afirmou que a participação de Angola no evento é uma oportunidade para se construir uma cooperação que favoreça o desenvolvimento, através da partilha de conhecimentos e experiências e tecnologia.

O evento juntou representantes dos 22 países, incluindo nove presidentes de parlamentos, serve como um trampolim para aproveitar a cooperação entre parlamentares de ambas as regiões.

Parceria parlamentar para o desenvolvimento local

A reunião, de três dias, que decorreu sob o lema "Forjando a Parceria Parlamentar Indonésia-África para o Desenvolvimento Local”, foi presidida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi.

A mesma visou discutir e gerar impulso para melhorar as dinâmicas entre os países africanos e a Indonésia.
 

O primeiro dia esteve reservado a uma sessão especial denominada "Cooperação Sul-Sul para a Prosperidade e a Sustentabilidade”, focando-se na estreita relação histórica com a Indonésia.

Durante a sessão, os palestrantes enfatizaram  as questões relacionadas com a importância da cooperação sul-sul, com realce, neste contexto, para a inspiração do espírito da Conferência de Bandung, realizada em 1955 ( luta anti-colonial e solidariedade).

 

Os participantes se focoram também nos desafios actuais (desenvolvimento económico, energias renováveis e tecnologia/transformação digital), na necessidade de se reconhecer a diversidade cultural, os estádios de desenvolvimento, para além de identificar e valorizar os pontos convergentes para uma Cooperação Sul-Sul séria e construtiva, na base "win-win".

A agenda inscreveu ainda abordagens em torno da necessidade da Cooperação Sul-Sul estar alinhada com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2063 da União Africana, bem como o impulso e fortalecimento do caminho para o desenvolvimento e promoção da unidade, para uma voz mais forte na arena internacional.

O programa reservou ainda abordagens dos temas "Construindo Comunidades Resilientes através de Iniciativas de Saúde e Segurança Alimentar” e "Aproveitar o potencial comercial e de investimento para o crescimento económico inclusivo”.

O objectivo, de acordo com a organização, foi o de explorar o papel dinâmico que o comércio e o investimento desempenham na promoção do crescimento económico inclusivo nas regiões em desenvolvimento, particularmente entre a Indonésia e as nações africanas.

"Existe um grande potencial de cooperação que precisa de ser optimizado, considerando que a Indonésia e a África possuem recursos naturais abundantes que exigem cooperação para implementar a agenda de desenvolvimento sustentável, incluindo a transição energética”, avança a organização.
 

O fórum serviu também para melhorar a colaboração entre os parlamentares indonésios e africanos, assim como produzir novos compromissos num plano abrangente para encorajar a cooperação para o desenvolvimento a longo prazo entre as duas partes.FMA/ART



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