Huambo – O ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, afirmou esta sexta-feira, que a entrada em funcionamento do Centro Cultural “Manuel Rui” no Huambo, irá concorrer, certamente, para a elevação do sentido de auto-estima da classe artística do país.
O governante, que falava momentos após a inauguração do empreendimento pelo Presidente da República, João Lourenço, acompanhado da Primeira-dama, Ana Dias Lourenço, disse que o imóvel vai, de certo modo, impulsionar a valorização e a validação sociocultural do trabalho dos artistas.
Filipe Zau referiu que, com a entrega do Centro Cultural, irão surgir as reais potencialidades criativas dos operários de cultura, com maior dignificação das suas opções vocacionais e maior qualidade dos projectos resultantes do seu trabalho.
Acrescentou que o mesmo vai, igualmente, contribuir para a melhoria das condições de trabalho dos artistas e dos promotores de acções culturais em todo o seu sentido amplo.
Reconheceu o empenho do Presidente da República, João Lourenço, na edificação do empreendimento, pois “a cultura une e fortifica a Nação” e beneficiários não deixar de estar, imensamente, gratos, associados ao interesse público de valorização cultural.
A construção do cento, conforme o ministro, vai, igualmente, desconcentrar as actividades normalmente realizadas em Luanda (capital do país) e, ao mesmo tempo, viabilizar a emergência de outras culturas locais, ainda, não suficientemente promovidas e desenvolvidas, ao se constituir na maior atracção cultural e turística da província do Huambo.
Apelou à futura gestão do centro a trabalhar no sentido da rentabilização, de modo a se tornar auto-suficiente, numa altura em que já conta com a disponibilização da UNICEF em levar a cabo a inicação da formação de crianças em condições de vulnerabilidade, para a criação de um núcleo da Orquestra Kaposoka, sob direcção de Pedro Fançony, um filho do Huambo.
Sobre o homenageado, o governante considerou Manuel Rui, nascido na cidade do Huambo a 4 de Novembro de 1941, como um ícone da literatura, com as suas letras traduzidas em diferentes idiomas, incluindo em língua nacional Umbundu.
Disse que a homenagem presencial do antigo ministro da Informação, no Governo de Transição e, também, reitor da Universidade do Huambo, hoje José Eduardo dos Santos, e da Faculdade Letras do Lubango (actual Universidade Mandume Ya Ndemufayo) constitui, senão mesmo, maior tributo em vida do autor do Hino Nacional e da canção “Meninos do Huambo”.
Um dia de realizações
Por sua vez, a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, disse tratar-se de um dia de realizações, na medida em que o centro foi idealizado por quadros do Governo local, com o objectivo de dar corpo as legítimas aspirações da população, em reafirmar e desenvolver a dimensão cultural e espiritual, que caracterizam a região.
Declarou que o centro cultural, para lá da beleza arquitectónica, servirá como uma verdadeira rampa de lançamento para o desenvolvimento da arte na província do Huambo nas mais diversas dimensões, como a música, teatro, dança, artes plásticas e outras.
A governante, que destacou a orientação do Presidente João Lourenço, considerou que a inauguração do centro cumpre mais uma etapa de resgate do rótulo de que muito orgulha a população do Huambo ”Cidade Vida”, com um génio bastante criativo.
Um momento cultural, abrilhantado pela Orquestra Kaposoka e os grupos dança tradicional Katyavala e da Igreja Adventista, marcaram o acto de inaugural, que teve actuação dos músicos Justino Handanga, Duo Canhoto, Bessa Teixeira, Selda e Enda Mateia, sob mestria do David Lopez, um dos pontos mais altos. ALH/VIC