Cabinda - O desmantelamento de reservatórios clandestinos de apoio ao contrabando de combustível tem sido uma das medidas mais eficazes de combate contra esse mal na comuna fronteiriça de Tando-Zinze, em Cabinda.
A informação foi prestada, esta segunda-feira, pelo administrador comunal de Tando-Zinze, Pedro Dias Puati, sublinhando que se trata de reservatórios clandestinos localizados em várias aldeias que servem como ponto de saída para a vizinha República Democrática do Congo (RDC).
Em declarações à ANGOP, o administrador afirmou que o desmantelamento dos reservatórios clandestinos tem sido acompanhado do encerramento de bombas de abastecimento ilegais, também nas aldeias.
Pedro Dias Puati disse que a par dessas acções, levadas a cabo com a Polícia Nacional (PN) e de guarda fronteira, existe um maior controlo e fiscalização de viaturas que transportam recipientes com combustível para a fronteira.
Estas medidas estão a desencorajar os contrabandistas, tudo pela pronta reacção das autoridades locais e das forças de defesa e segurança, para travar esse mal que dura há muitos anos, frisou.
"Temos colaborado com as forças de defesa e segurança, particularmente, com a PN e a polícia de guarda de fronteira", referiu Pedro Dias Puati, para quem é urgente pôr fim ao que considerou um mal que prejudica a economia nacional.
Com fronteira terrestre e fluvial com a RDC, a comuna angolana de Tando-Zinze tem sido uma circunscrição complexa quanto aos focos de violação das linhas que limitam os dois países e ao contrabando de combustível.
"É uma prática que está a abrandar fruto do controlo cerrado imposto pelas autoridades ao longo da fronteira marítima, fluvial e terrestre", adiantou.
A comuna de Tando-Zinze destaca-se na produção de receitas para os cofres do Estado, por via dos impostos cobrados nas localidades limítrofes de Mbaka Kossy e Zenze do Lucula.
Nas referidas localidades limítrofes estão instalados mercados de venda de produtos que permitem à Administração Geral Tributária (AGT), ao Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) e à Polícia Fiscal arrecadar receitas para o Estado angolano.
Quanto ao contrabando de combustível, circunscreve-se aos derivados do crude como o gasóleo, a gasolina e o petróleo iluminante.
Em Angola os combustíveis são subsidiados pelo Estado, daí que quem compra internamente em moeda nacional, e conhecendo o mercado da RDC, tem a propensão em vender a compradores do país vizinho.
O negócio ilegal é potenciado pelo facto da actividade não estar licenciada, sendo feita de forma contrabandeada.