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Bienal de Luanda na sua terceira edição

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  • Luanda • Quarta, 22 Novembro de 2023 | 13h55
Bienal de Luanda - Fórum Pan-africano para a Cultura de Paz
Bienal de Luanda - Fórum Pan-africano para a Cultura de Paz
Joaquina Bento-ANGOP

Luanda – Com uma agenda essencialmente consagrada à resolução pacífica de conflitos, a terceira edição do Fórum Pan-africano para a Cultura da Paz abriu esta quarta-feira, sob olhar de vários países do continente saídos de guerras civis e outros ainda sob tensão.

Também conhecido como Bienal de Luanda, o Fórum  é um encontro bianual de apoio ao Movimento Pan-Africano para a Cultura da Paz e Não-Violência, numa iniciativa conjunta do Governo angolano, da UNESCO e da União Africana (UA).

Faz parte dos contributos para a implementação do "Plano de Acção para uma Cultura da Paz em África", adoptado em 2013, no âmbito da campanha da  UA "Actuemos pela Paz” inserida nas Agendas 2030 das Nações Unidas e 2063 da UA com a iniciativa "Silenciar as Armas em África".

Segundo as Nações Unidas, África é o continente com o maior número de conflitos duradouros em todo o planeta, sendo que 24 dos 54 países que o integram conheceram guerras ou outras formas de violência, nos últimos anos.  

Actualmente, os principais conflitos armados no continente estão concentrados na chamada África Subsariana e  distribuídos pelas regiões central, oriental  e do Sahel, onde a República Democrática do Congo (RDC), o Sudão e a Somália são os casos mais violentos e duradouros.  

Há igualmente focos de tensão em países como o Mali, o Burkina Faso, o Níger, a Guiné-Conakry, a Nigéria, a Etiópia, Moçambique e, mais recentemente, o Gabão.  

Na sua essência, os conflitos em África têm um conjunto de factores comuns, como suas raízes, sendo basicamente motivados por disputas territoriais, crises políticas emergentes de golpes de Estado, rivalidades tribais induzidas por questões étnicas ou religiosas, bem como disputas por água e recursos minerais.

Genocídios, massacres, violações em massa, exército de crianças e extermínio de comunidades inteiras à machadada são os resultados comuns mais frequentes dos actuais conflitos, em África.

Outra particularidade comum é a morte de mais civis que militares, para além de graves crises humanitárias decorrentes de deslocações maciças das populações.

Às portas de mais um pleito eleitoral para escolher um novo Presidente da República, em 20 de Dezembro próximo, a RDC ainda está a abraços com a continuação de um dos conflitos mais complexos do continente.

Desde finais de 2021, o país debate-se com o regresso da instabilidade à região leste e o reacender da tensão na fronteira com o vizinho Rwanda acusado de armar a rebelião do Movimento de 23 de Março (M23).

Trata-se de uma ramificação da chamada Segunda Guerra do Congo, hoje considerada o conflito armado mais letal, desde a Segunda Guerra Mundial, depois de atingir um balanço de 5,4 milhões de pessoas mortas, em 2008.

Por seu turno, o Sudão foi palco do conflito armado mais prolongado do continente com um saldo de cerca de 2,5 milhões de mortos e quatro milhões de refugiados, entre 1962 e 2003, antes da secessão do sul, em 2011.

Mais recentemente, o país mergulhou num novo ciclo de guerra, com insurreição armada iniciada, em 15 de Abril de 2023, estimando-se hoje em perto de oito mil o número de vidas ceifadas, em sete meses de confrontações militares,  para além de milhões de pessoas refugiadas em países vizinhos e ou deslocadas internamente.

Enquanto isso, uma situação de instabilidade e insegurança generalizada prevalece, na Somália, onde a acção de grupos extremistas liderados pelo movimento al-Shabab continua a semear luto e terror entre a população.

São realidades como essas que vão no centro das atenções da terceira Bienal de Luanda, a decorrer até sexta-feira, na capital angolana, sob o lema “Educação, cultura de paz e cidadania africana como ferramentas para o desenvolvimento sustentável do continente”. IZ





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