Luanda - O cabeça-de-lista da Aliança Patriótica Nacional (APN), Quintino Moreira, apelou hoje (sexta-feira) aos eleitores para afluírem em massa às urnas, a fim de se evitar excesso de abstenção, igual ou superior a das eleições gerais de 2017.
Segundo dados da CNE, em 2017 registou-se uma abstenção global de 23,41 por cento, o equivalente a 2.134.057 de eleitores que não foram às urnas, num universo de 9.317.294, com capacidade eleitoral.
Ao falar no Tempo de Antena da Rádio Nacional de Angola (RNA), o político defendeu que os angolanos devem votar, preferencialmente, no seu partido por considerar ser o ideal para a mudança e capaz de resolver os problemas dos cidadãos, caso vença o sufrágio.
Durante o programa, de dez minutos, Quintino Moreira, reconheceu os esforços feitos pelos “Nacionalistas” para a libertação de Angola do então jugo colonial português , factor que permitiu a independência e indivisibilidade do país (…).
Em face disso, o candidato da APN a Presidente da República prometeu, ainda, que a sua formacao polçitica vai prestar maior atenção aos antigos combatentes e veteranos da pátria, pelos sacrifícios consentidos pela pátria (…).
Combate à corrupção
Por sua vez, o secretário provincial da APN no Bengo, Bruno Gaspar, prometeu hoje em Caxito, que seu seu partido vai apostar no combate à corrupção, caso vença as eleições de 24 de Agosto.
Sem descrever como será feita, durante a sensibilização dos vendedores do mercado do Cawango, com o foco na “captação” de votos, prometeu dar mais emprego aos jovens e prestar melhores serviços de saúde aos angolanos, em caso de vitória da APN.
A actividade da APN começou com uma passeata pelas ruas da cidade de Caxito e culminou no mercado do Cawango, onde foram distribuídos material de propaganda e esclarecimentos sobre forma correcta de votar.
Programa de governação
Acabar com as assimetrias regionais, conceder créditos, com juros bonificados, para o desenvolvimento da agricultura, pesca, agro-pecuária e micro, pequenas e médias empresas, consta das várias promessas daquela formação política, caso ganhe nas urnas.
Nas eleições de 2017, a APN na província do Bengo obteve 637 votos (0,62%) cifra insuficiente para eleger deputados.
Para o pleito de 24 de Agosto próximo, a província do Bengo tem o registo de 260 mil 468 eleitores, 330 assembleias de voto e 526 mesas de voto.
Indústrias farmacêuticas no Bié
O partido APN quer apostar na implementação de indústrias farmacêuticas, a fim de melhorar a assistência médica e medicamentosa das populações bienas .
Durante um comício, no município de Catabola, a 52 quilómetros a Leste da cidade do Cuito, o secretário provincial daquele partido no Bié, Ernesto Calungoe, para a concretização deste projecto o seu partido vai cooperar com o sector privado.
Apesar dos avanços no sector da saúde, com a construção de novas unidades hospitalares e recrutamento de mais técnicos, o responsável político assinalou “ à falta desses serviços farmacêuticos, que muita falta faz à província e ao país, no geral”.
Reiterou que o seu partido irá apostar na melhoria do saneamento básico e na saúde preventiva/pública, para se pôr fim a malária, assim como criar cultura na população de fazer “check up” periódicos, para se reduzir a mortalidade por doenças endémicas .
O sector da saúde no Bié controla quatro mil 749 funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico terapêutico e pessoal administrativo, que labutam em 188 unidades sanitárias e farmacêuticas .
Mobilização
No acto de sensibilização dos eleitores no mercado municipal de Catabola, Ernesto Calungo manifestou satisfação pela forma de recepção da população.
A ocasião, disse, foi aproveitada para passar infirmação sobre o programa de governo, manifesto eleitoral e a forma correcta de votar.
Em 2017, este partido não conseguiu eleger qualquer deputado, tendo conseguido dois mil 359 votos, correspondendo a 0,61%.
A província do Bié tem um registo de 783 mil 684 eleitores, que vão exercer o seu direito em 861 assembleias de voto.
Concorrem ao pleito eleitoral os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, P-NJANGO e PHA, bem como a coligação CASA-CE.