Luanda - O candidato do MPLA a Presidente da República, João Lourenço, prometeu esta quarta-feira, na cidade de Malanje, para os próximos cinco anos, fornecer energia produzida em Capanda e Laúca, às 18 provinciais do país.
João Lourenço, que falava num acto político de massa, realizado no campo do clube Ferrovia, informou que o Executivo já levou energia produzida nas barragens hidroeléctricas de Capanda e de Laúca (ambas localizadas na província de Malanje) a 10 províncias de Angola.
Referiu que o desafio para o próximo mandato, em caso de vitória nas eleições de 24 de Agosto, é levar a energia de Malanje ao sul e ao leste do país.
Assegurou que, dentro de algum tempo, toda Angola vai consumir a energia produzida na província de Malange.
Informou que essa mesma energia será extensiva aos 14 municípios da província de Malange, exemplificando a conclusão, nos próximos dois meses, do projecto eléctrico de Cangandala, que vai beneficiar cinco mil domicílios.
Plataforma logística
O cabeça de lista do MPLA para as próximas eleições gerais anunciou, durante a sua intervenção, a construção de uma Plataforma Logística no Lembe, na província de Malanje, que irá facilitar a distribuição dos produtos dos comerciantes e, consequentemente, fazer chegar aos consumidores.
Notou que Angola, um país essencialmente agrícola, aspira, também, a ser uma Nação industrializada nos próximos tempos.
Universidade Njinga Mbandi
João Lourenço disse que a Universidade Rainha Njinga Mbandi terá novas instalações nos próximos tempos e assegurou que o Executivo está a trabalhar na questão do financiamento do projecto.
Monumento
O líder do MPLA anunciou, também, a pretensão da construção de um monumento, na província de Malanje, em homenagem aos soberanos do Reino do Ndongo (Ngola Kiluanje e Rainha Njinga Mbande).
Lembrou que este reconhecimento já foi feito para com os soberanos dos reinos do Cuanhama e do Bailundo.
Economia Forte
Ao longo do seu discurso, de mais de uma hora, João Lourenço prometeu, para os próximos cinco anos, trabalhar para que Angola seja uma economia forte, que produza os bens e serviços de que os seus cidadãos necessitam para viver bem e excedentes para exportar.
"Esta é a grande missão para o próximo mandato'', disse João Lourenço, que apontou para a necessidade da criação de um bom ambiente de negócios para que isso possa acontecer, o que passa pelo combate contínuo à corrupção.
Corrupção
O candidato do MPLA refutou as acusações segundo as quais o seu partido não está a fazer nada em termos do combate à corrupção.
João Lourenço considerou que os que defendem este ponto de vista "fizeram um pacto com os corruptos e estão a ser financiados pelo dinheiro de Angola saído pela porta da corrupção".
Concorrem às eleições gerais do dia 24 deste mês os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, PHA, APN, P-NJANGO e a coligação partidária CASA-CE.
Em todo país, são esperados 14 milhões 399 mil eleitores. Dos eleitores cadastrados, 22.560 vivem no exterior, nomeadamente África do Sul, Alemanha, Bélgica, Brasil, França, Grã-Bretanha, Namíbia, Países Baixos, Portugal, República Democrática do Congo, República do Congo e Zâmbia.