Luanda – A Associação de Apoio aos Combatentes das extintas Forças Armadas Popular de Libertação de Angola (ASCOFA) homenageou, hoje, 57 membros associados, por ocasião da celebração do 50º aniversário das Ex-FAPLA, desde a sua proclamação a 1 de Agosto de 1974.
Entre os visados e presentes ao acto, destacam-se Julião Mateus Paulo “Dino Matrosso”, Eusébio de Brito Teixeira, Francisco Afonso “Hanga”, Rodeth Teresa Maquina Gil e Engracia Cabenha (Rainha do 4 de Fevereiro), contempladas com certificados e medalhas de mérito.
A lista é encabeçada pelo Presidente da República, João Lourenço, e inclui os nomes de Higino Carneiro, Eugénio Laborinho, Francisco Pereira Furtado, Pedro de Morais Neto, Altino Carlos José dos Santos, Pedro Sebastião, António Paulo Cassoma e Gouveia de Sá Miranda.
Segundo o presidente do Conselho de Direcção da ASCOFA, Caetano António Marcolino, todos esses foram condecorados pelo “relevante serviço que prestaram e continuam a prestar à Nação”, pelo que homenagens do género vão se estender por todo o país.
Explicou que esse contínuo reconhecimento, iniciado em 2023, recai a oficiais generais e subalternos, sargentos, soldados, viúvas e viúvos ou filhos de antigos militares desse braço armado do MPLA, que lutaram incansavelmente e com muito sacrifício para a libertação de Angola.
Por sua vez, o general Dino Matrosso manifestou gratidão pelo tributo, enalteceu o papel da ASCOFA na reintegração social e motivação dos associados, admitindo que essa classe merece maior atenção, tendo em vista que muitos enfrentam sérios problemas sociais.
Recordou que as FAPLA nasceram do EPLA (Exército Popular de Libertação de Angola), que depois passou a “Corpo de Gerrilhas”, e que só a 1 de Agosto de 1974 foi proclamada a extinta FAPLA, que defendeu a integridade da pátria angolana, antes e depois da independência.
“As FAPLA tiveram um papel indelével na história militar de Angola, e é bem verdade que o Estado não foi capaz de apoiar ao mesmo tempo todos que lutaram para a libertação nacional. Mas não foram abandonados nem esquecidos. São as dificuldades que o país encontrou (…)”, frisou.
A cerimónia decorreu no Cine Atlântico e foi animada musicalmente por Urbanito Filho, Dom Caetano, Lulas da Paixão e Calabeto, antes de serem igualmente citados, como homenageados, Fernando da Piedade Dias dos Santos Nandó, João Luís Neto “Xieto” e Bento dos Santos Kangamba.
As extintas Forças Armadas Popular de Libertação de Angola (FAPLA) foram proclamadas em 1974, pelo primeiro presidente do país e Fundador da Nação, António Agostinho Neto, e 23 anos depois (em 2021), surgiu a ASCOFA, também a 1 de Agosto.
Após extinçao, e na altura da passagem de Angola para um regime multipartidário as FAPLA foram transformadas em Forças Armadas Angolanas (FAA), aglutinando todas as tropas restantes do ELNA (Exército de Libertação Nacional de Angola), afacto ao partido FNLA.
Por força de alguns acordos, neste mesmo período alguns elementos das Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA) também foram integrados, sendo que o restantes tropas desse braço armado da UNITA só foram enqudrados às FAA em 2002, com o advento da paz.
MDS
