Abdijan – (do enviado especial) - Angola tem reservada vastas áreas de terras aráveis para o cultivo em grande escala de grãos e cereais, informou esta sexta-feira, em Abidjan, Cotê d’Ivoire, o ministro de Estado e da Coordenação Económica, José de Lima Massano.
Falando no Fórum de Negocios Angola/Cotê d’Ivoire, organizado no quadro da visita oficial do Presidente da República, frisou que, neste momento, o país procura atrair o investimento privado nacional e estrangeiro para concretizar este plano.
Por isso, referiu que o país tem interesse em promover o investimento e a formação de parcerias que fomentem a inovação, a competitividade, bem como o aumento da oferta de bens e serviços.
Segundo o ministro, a ideia é promover a integração e a expansão dos mercados nacionais, optimizando recursos e potenciando ganhos económicos e sociais.
Afirmou que no sector da agricultura, o país está a implementar programas específicos para o aumento da produção do café, cacau e algodão, que são algumas das culturas desenvolvidas em grande escala na Côted’Ivoire.
Afirmou que há condições objectivas de formação, no curto-prazo, de parcerias ganhadoras entre operadores económicos dos dois países.
A Côte d’Ivoire tem conseguido construir uma economia diversificada, integrando com sucesso os sectores da agrícola e da indústria transformadora.
Reconheceu que Angola tem uma economia bastante influenciada pelo sector de petróleo e gás, mas persegue com determinação a transformação da estrutura económica, promovendo uma maior participação dos sectores agropecuário, mineral, indústria transformadora e serviços, ancorada na força do sector privado.
Nesta trajectória, tem implementado reformas estruturantes, incluindo a adopção de legislação que incentiva o investimento privado, num amplo programa de melhoria do ambiente de negócios no nosso país.
José de Lima Massano informou ainda aos empresários ivoirenses que Angola também esta avançada na execução do programa de privatizações que envolve cerca de 100 empresas públicas que actuam nos mais variados sectores da economia, desde a produção agrícola, turismo, banca, transportes e exploração de recursos minerais.
No domínio dos investimentos públicos, informou que o Executivo angolano tem privilegiado a melhoria das infraestruturas de apoio à actividade económica, como energia eléctrica, água, vias rodoviárias, aeroportos, caminhos-de-ferro e centros logísticos, um pouco por todo país.
Neste particular, o governante destacou o Corredor Económico do Lobito, que se insere numa região produtiva e logística de elevado potencial, que tem atraído o interesse de investidores internacionais.
Detalhou que o corredor envolve o Aeroporto da Catumbela, o Porto do Lobito, o Caminho de Ferro de Benguela e a Plataforma Logística da Caála, ligando de modo eficiente os mercados de Angola, República Democrática do Congo e Zâmbia. ART