Adis Abeba (Dos enviados especiais) – Angola reafirmou, esta quinta-feira, em Adis Abeba, a sua posição a favor da manutenção do Zimbabwe na presidência do Parlamento Panafricano (PAP), cujo mandato foi interrompido pelas últimas eleições gerais de 2023, neste país da África Austral.
Esta posição foi anunciada pelo presidente do Grupo Nacional da Assembleia Nacional junto do PAP, o deputado Manuel Augusto, que se encontra na capital etíope a acompanhar os trabalhos da 44.ª sessão ordinária do Conselho Executivo (CE) da União Africana (UA), que decorre desde quarta-feira.
Segundo o parlamentar, a crise de liderança no PAP é uma das questões em discussão na reunião do CE, no quadro da preparação da 37.ª Cimeira Ordinária de chefes Estado e de Governo, marcada para este fim-de-semana, em Adis Abeba.
Explicou que o órgão legislativo panafricano está sem presidente, desde Agosto de 2023, quando o mandato do Zimbabwe foi interrompido por força de uma norma jurídica que determina o fim das funções dos seus membros com a dissolução do Parlamento do seu país em virtude de eleições.
Por isso, prosseguiu, a resolução desta questão por via do provimento da vacatura requer a alteração da norma em causa o que, por sua vez, carece de um posicionamento da Assembleia dos Chefes de Estado da União Africana.
Realçou que, para o preenchimento da vacatura, Angola defende que a África Austral deve continuar, através do Zimbabwe, na presidência do PAP até ao fim do actual mandato, cabendo a este país indicar o deputado que vai ocupar o posto.
De acordo com Manuel Augusto, existe uma outra corrente que defende que a África Austral pode manter-se na presidência, mas não necessariamente através do Zimbabwe.
O Grupo da Assembleia Nacional junto do PAP é integrado por cinco deputados dos quais três do MPLA e dois da UNITA, incluindo Adalberto Costa Júnior, que também se encontra, em Adis Abeba. IZ/VIC
