Angola participa no Fórum Urbano de África em Adis Abeba

     Política              
  • Luanda • Sábado, 07 Setembro de 2024 | 14h38
Embaixador de Angola na Etiópia e representante da ONU junto da Uinão Africana (UA) e da Comissão Económica da ONU para África (UNECA), Miguel Bembe
Embaixador de Angola na Etiópia e representante da ONU junto da Uinão Africana (UA) e da Comissão Económica da ONU para África (UNECA), Miguel Bembe
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Luanda – O embaixador de Angola na Etiópia e Representante Permanente junto da UA, Miguel Bembe, participou, em Adis Abeba, no Fórum Urbano de África, uma plataforma para discussões de alto nível sobre o rápido crescimento urbano e os desafios habitacionais do continente.

O fórum, organizado pelo Governo etíope e pela União Africana (UA), adoptou a Declaração de Adis Abeba, segundo uma nota de imprensa da Missão Permanente de Angola na União Africana, enviada à ANGOP.

A declaração enfatiza que a Agenda 2063 da UA depende da forma como as cidades africanas são planeadas e governadas, para que se tornem verdadeiros motores de crescimento económico, inclusão social e desenvolvimento sustentável.

Ressalta que se deve organizar a partilha de experiiências entre os Estados-Membros sobre a implementação de planos territoriais nacionais eficazes e o apoio às políticas urbanas, tais como o financiamento de habitação condigna como vector de inclusão social e de transformação económica e ambiental.

Observa, igualmente, a necessidade de se assegurar que as cidades e municípios possam desempenhar um papel activo na aceleração da implemeentação da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), através de estratégias coordenadas de investimento transfronteiriço que promovam o alinhamento e a cooperação mutuamente vantajosa.

Na Declaração de Adis Abeba, os participantes (entidades públicas e privadas) apelaram à União Africana, às Comunidades Económicas Regionais e à União das Cidades e Governos Locais de África (CGLU) para que elevem a gestão da urbanização entre as prioridades da agenda política ao nível local, nacional e pan-africano.

Apelaram também para que, num futuro próximo, os órgãos da UA escolham a Gestão da Urbanização para a Transformação Estrutural de África como o tema do ano da organização continental e que dediquem os debates de uma das conferências dos Chefes de Estado e de Governo da UA ao referido tema.

Sugeriram, de igual modo, à comunidade financeira africana e internacional para que explorem formas inovadoras de viabilizar investimentos nas cidades e regiões africanas, incluindo a mobilização de fundos, através da emissão de obrigações nos mercados de capitais.

Recomendaram às instituições financeiras para que apoiem o desenvolvimento de políticas habitacionais adequadas às necessidades das pessoas com baixos rendimentos e para que aproveitem o valor económico do sector da habitação (criação de emprego e geração de receitas) no sentido de associarem-se ao programa de industrialização e de fomento de uma economia ecológica, definido pela UA, UNECA e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

Neste sentido, recomendaram a prestação de apoio às cidades e municípios para o desenvolvimento de planos financeiros abrangentes que incluam uma orçamentação a longo prazo para as infraestruturas e  serviços sociais, sensível às questões do género e às alterações climáticas.

O embaixador Miguel Bembe, que é o representante permanente de Angola junto da UA e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA, e os outros participantes instaram as instituições académicas do continente a implementação de programas de formação e capacitação para funcionários da administração local, urbanistas, e líderes de organizações comunitárias e da sociedade civil, com o apoio dos governos locais e nacionais, de parceiros de cooperação para o desenvolvimento e de organizações internacionais.

Incentivaram os Estados-Membros a criarem um sistema de monitorização, informação e verificação que permita avaliar os resultados e os desafios a nível  local, regional e nacional no processo de implementação das políticas urbanas, alinhadas com a Nova Agenda Urbana das Nações Unidas, e a publicação dos respectivos relatórios.

Os participantes expressaram a necessidade de se promover abordagens de planeamento urbano inclusivas que envolvam activamente todas as partes interessadas, incluindo os jovens e os grupos vulneráveis, no processo de tomada de decisões, implementação, monitorização e avaliação. DC

 

 

 

 

 





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