Mbanza Kongo – As autoridades fronteiriças de Angola e da República Democrática do Congo (RDC) pretendem, nos próximos dias, acabar com as construções de residências ao longo da linha fronteiriça comum que separa os dois países vizinhos.
Essa decisão consta do comunicado final da reunião bilateral entre as delegações angolanas e congolesas democráticas, que decorreu nos dias 3 e 5 deste mês, na vila fronteiriça do Nóqui, província do Zaire.
Segundo o comunicado enviado esta terça-feira à ANGOP, em Mbanza Kongo, a comissão bilateral percorreu os seis marcos fronteiriços que separam a vila do Nóqui (Angola) da cidade de Matadi (RDC), tendo sido constatadas 13 residências erguidas ao longo da linha de base da fronteira comum por cidadãos deste país, algumas das quais no território nacional.
Co-orientado pelo administrador municipal do Nóqui, Manuel José António, e pelo administrador de Matadi (RDC), Nkodia Dominique, o encontro decidiu avançar com as demolições das referidas moradias construídas na linha fronteiriça, devendo os seus moradores abandonarem as mesmas a partir de Agosto deste ano.
O comunicado acrescenta que as autoridades fronteiriças dos dois países devem continuar a sensibilizar a população residente na zona fronteiriça no sentido de se abster de construir casas nos territórios vizinhos, para evitar incidentes na fronteira.
A reunião recomendou também que as duas partes devem contactar suas hierarquias, a fim de se determinar o raio de acção para a fixação de residências, devendo o mesmo não ser menos de 50 metros da linha de base da fronteira comum.
A próxima reunião bilateral entre as duas delegações fronteiriças acontece no dia 7 de Agosto deste ano, na cidade de Matadi, capital da região do Congo Central (RDC).
A província do Zaire partilha uma vasta fronteira terrestre e fluvial com a RDC, numa extensão de 310 quilómetros. JL