Lubango – O governador da Huíla, Nuno Mahapi, exonerou, na segunda-feira, o administrador municipal da Cacula, Desidério da Graça, que foi constituído arguido por alegados actos de corrupção.
O antigo deputado estaria envolvido em actos de má governação, em que estão supostamente envolvidos o seu director de gabinete, César Cambinda, e o secretário-geral da administração, Carlos Miranda, detidos há três meses.
Segundo o jornal O País, uma fonte da Procuradoria da Geral da República (PGR) disse haver “fortes indícios” do envolvimento do ex-administrador em actos de corrupção.
O governador Nuno Mahapi exonerou, igualmente, o administrador de Caconda, Nandim Capenda, tendo sido nomeado para o seu lugar o académico Castilho Cacumba.
A administração de Caconda está, nos últimos dias, sob “fogo cruzado” nas redes sociais. Em causa está a construção de um ponteco de três metros de comprimento e 1,5 de largura, no bairro Cavava, que conforme a placa discricionária teria custado ao Estado seis milhões de kwanzas.
A situação levou a que muitas pessoas denunciassem o caso e solicitassem a intervenção do governador, que não tardou a agir.
Contactada pela ANGOP para abordar casos suspeitos de peculato na gestão pública na província, a procuradora titular da Huíla, Celma Lourenço, prometeu fazê-lo em breve.
Não é o primeiro caso de suspeitas de envolvimento de administradores em caso de carrupção, tendo sido já detida, em 2021, a antiga administradora de Chicomba, Lúcia Francisca.
O governador Mahapi afastou, também, os administradores municipais da Matala, Miguel Vicente, do Chipindo, Hélder Lourenço, de Chicomba, Dina Berner, do Cuvango, Luís Marcelo, e da Jamba, Abel Wandy.
Para a Matala foi indicado o economista Manuel Machado Quilende, na Cacula, José Mariano dos Santos, em Chicomba, Abel Wandy Andre, na Jamba Luís Marcelo, no Cuvango, Luís Paulo Ndala, e no Chipindo, Ângelo Singue.
Essa é a segunda mexida que o governador opera, em dois anos de mandato. MS
