Académicos mostram caminhos para desenvolvimento de África

     Política              
  • Huambo • Quarta, 25 Maio de 2022 | 16h12
Jornalista e analista de assuntos afrianos Filipe Olímpio
Jornalista e analista de assuntos afrianos Filipe Olímpio
Valentino Yequenha

Huambo – Alguns académicos da província do Huambo apontaram hoje, quarta-feira, os caminhos para a resolução dos problemas que ainda assolam o continente africano, visando a melhoria do bem-estar dos seus habitantes.

Abordados pela ANGOP, por ocasião do Dia da África, que hoje se assinala, consideram que maior parte dos problemas do continente “berço da humanidade” carecem de soluções urgentes, visando a concretização dos objectivos da Agenda 2063.

Segundo o jornalista e analista para questões políticas do continente africano da Rádio Nacional de Angola, Filipe Olímpio, a ambição desmedida que se verifica em alguns líderes constitui um dos maiores problemas da África.

A estes, disse, junta-se os elevados casos de corrupção e os conflitos de natureza política, étnica e religiosa.

Nesta conformidade, defendeu  o cumprimento da Agenda 2063, aprovada em Abril de 2015, enquanto ferramenta fundamental para a promoção do desenvolvimento da região, baseada no lema “A África que queremos”.

Filipe Olímpio apontou, igualmente, a mudança de mentalidade como outra solução dos problemas do continente, principalmente os conflitos étnicos e religiosos.

Para o sociólogo Atanagildo Paulo, a África precisa trabalhar, de forma séria, na resolução dos problemas sociais, como a pobreza extrema, a fome, a malária e o VIH/Sida, com reforço dos investimentos nos sectores da educação e saúde.

Afirmou que a continente pode partir para o desenvolvimento sustentável caso deixe ser o escape para os países do Ocidente, adoptando as suas próprias políticas.

Conforme Atanagildo Paulo, parte destas políticas africanas não permitem alavancar o desenvolvimento socioeconómico sustentável, por darem primazia aos interesses individuais e, ao mesmo tempo, preocuparem-se com a satisfação da vontade de alguns líderes ocidentais.

Já o comunicólogo António Vasco, com passagens profissionais pela Organização das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Visão Mundial, considera que o desenvolvimento do continente “berço da humanidade” passa pela criação de uma base económica sólida e inclusiva, para que a África não continue a ser dependente do Ocidente.

Encoraja os líderes africanos a prestarem maior atenção na formação de quadros e a investirem seriamente nos sectores das tecnologias, transportes, electricidade e da indústria, enquanto factores essenciais para responder às exigências actuais de desenvolvimento e, ao mesmo tempo, efectivar os objectivos da Agenda Africana 2063.

Nesta data (25 de Maio), os africanos  recordam o dia da criação da Organização de Unidade Africana (OUA) em 1963, na Etiópia, acontecimento que marcou o início de  um ciclo caracterizado,   pelo apoio  de uma organização continental  às lutas de libertação contra o colonialismo.

Em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o dia 25 de Maio como o Dia da África ou o Dia da Libertação da África.

Em 2002, a OUA foi substituída pela União Africana, porém a celebração da data se mantém.





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