Malanje- Académicos em Malanje destacaram hoje, quarta-feira, nesta cidade, a importância do segundo Censo Populacional, com vista a aferição do número real da população, redefinição das políticas públicas e melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Entrevistados a propósito do processo censitário, previsto para 2024, os docentes universitários afirmaram ser primordial a realização periódica do mesmo, para se melhorar as informações respeitantes à evolução demográfica para que, a partir daí, as autoridades governamentais possam traçar prioridades.
Segundo o docente de História de Angola, Assunção Junqueira, a percepção da densidade populacional e a sua distribuição por sexo e idade é crucial, pois concorre para identificação, por exemplo, do número de cidadãos desempregados.
Com estes dados, acrescentou, o governo poderá estimular acções que concorram para o fomento à empregabilidade.
Em sintonia, a docente de Pedagogia, Mariana Diniz, descreveu o Censo como um “barómetro” para combater as desigualdades sociais e um instrumento que facilita a administração da coisa pública, pelo que apelou à participação dos cidadãos.
Por sua vez, o também docente Nadape Jorge, disse que volvidos cerca de 10 anos desde a realização do primeiro Censo do pós-independência, urge actualizar os dados, mas defendeu um trabalho prévio de sensibilização das populações, sobretudo das zonas recônditas, para o seu êxito.
Entretanto, o Governo vai realizar, a partir de 19 de Julho próximo, o Censo Piloto da População e Habitação, um ano antes do Recenseamento Geral da População.
O primeiro Censo Geral da População e Habitação em Angola realizou-se em 2014, com um resultado de 25 milhões 789 mil 024 habitantes.
Antes da independência, houve um levantamento similar por parte das autoridades coloniais, em 1970, em que foram recenseadas 5,6 milhões de pessoas. ACC/PBC