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Unicef vai visitar crianças ucranianas que estiveram institucionalizadas

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  • Luanda • Sexta, 06 Maio de 2022 | 16h38
Logotipo da UNICEF
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Joaquina Bento

A Unicef anunciou hoje que vai visitar cada uma das 91.000 crianças que, até ao início da guerra, viviam em orfanatos ou outras instituições da Ucrânia, quase metade das quais tem algum tipo de deficiência.

Cerca de 35.000 dessas crianças foram devolvidas às suas famílias às pressas quando a guerra começou, disse hoje o conselheiro regional da Unicef para a proteção infantil, Aaron Greenberg.

Muitos dos que regressaram a casa tinham deficiências graves e, por isso, considera-se que devem ser visitados por funcionários do programa que a agência das Nações Unidas para a infância está a criar em colaboração com organizações não-governamentais ucranianas.

"Temos, em articulação com as entidades públicas, o objetivo de visitar cada criança que se encontra numa instituição e fazer um dossieê individualizado. Parece muito, mas esta semana já visitámos 800 crianças e os relatórios dessas visitas estão a ser preparados", explicou Greenberg em teleconferência.

Antes da invasão russa, a Ucrânia tinha o maior número de crianças em instituições de acolhimento na Europa.

Os motivos são extensos, mas entre eles destaca-se que as famílias da Ucrânia estavam convencidas, desde que integraram a União Soviética, de que entregar estas crianças a instituições é o mais indicado para menores com necessidades especiais.

As pessoas viram os resultados desse cuidado, que é mais centralizado do que o sistema de acolhimento familiar, que pode parecer disperso e instável.

Falando de Lviv, na Ucrânia, Greenberg observou que quase dois terços das crianças do país estão deslocadas internamente ou deixaram a Ucrânia e são agora refugiadas, e quase todas - incluindo as que ainda estão em casa - enfrentam a ausência dos seus pais, mobilizados para o exército.

A guerra na Ucrânia causou o deslocamento forçado de um total de 7,7 milhões de pessoas e mais de 5,5 milhões de refugiados em menos de dois meses e meio.

A Unicef também está a ajudar crianças e mães vítimas de violência em geral ou violência sexual na Ucrânia.

De acordo com Greenberg, já foram confirmados dezenas de casos de violações de menores por tropas russas.

"Estamos a fazer projeções do que poderá ser [o total] e antecipamos números em relação a todas as formas de violência que, certamente, estarão na casa das dezenas de milhares", disse o especialista.

Além deste problema, a Unicef também quer chamar a atenção para a importância de manter a força de trabalho relacionada com o serviço social, a psicologia infantil e outras profissões que possam ajudar as crianças e as suas famílias a superar o trauma da guerra.

"Estes tipos de trabalhadores devem ser apoiados, devem ter os seus salários garantidos e devem receber, eles próprios, assistência de saúde mental", concluiu Greenberg.

A Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.





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