UE vai mobilizar 4,5 mil milhões para insegurança alimentar em África

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  • Luanda • Segunda, 28 Novembro de 2022 | 21h29
Bandeira da União Europeia (Foto ilustração)
Bandeira da União Europeia (Foto ilustração)
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Bruxelas - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje que a União Europeia (UE) "está disponível" para mobilizar mais de 4,5 mil milhões de euros para o continente africano, nos próximos dois anos, para combater a insegurança alimentar.

"Estamos disponíveis, na União Europeia, para mobilizar mais de 4,5 mil milhões de euros (um euro equivale a 524,02 Kwanzas)  apenas para África até 2024, não apenas para dar assistência alimentar imediata que é importante agora, mas também para trabalhar na melhoria e aumento da produção alimentar local com tecnologias modernas", declarou Ursula von der Leyen.


Falando em conferência de imprensa em Bruxelas, juntamente com o líder da União Africana, Moussa Faki Mahamat, após uma reunião de alto nível entre os dois blocos, a responsável assinalou que a UE quer "tornar os sistemas alimentares mais resilientes e mais autossuficientes" no continente africano.


"Penso que existe um enorme potencial [...] para aumentar a produção alimentar em África e, sobretudo, para haver mais [métodos de] processamento no continente para que haja um valor acrescentado, para produtos como o caju ou o cacau", assinalou Ursula von der Leyen, defendendo também investimentos em "processos agrícolas inovadores".


Numa altura em que se completam nove meses desde a invasão russa da Ucrânia, a líder do executivo comunitário destacou que "a guerra tem um impacto devastador na segurança alimentar e isto afeta todas as regiões do mundo, sobretudo África", razão pela qual a UE quer apoiar o continente para "aliviar o impacto".


Dado que a UE é também dependente da energia russa, nomeadamente de combustíveis fósseis como o gás, Ursula von der Leyen considerou ainda que este é um "momento decisivo para unir forças" dado que "África tem abundantes recursos para a energia limpa e a transição energética".


"A chantagem [russa] na área da energia foi um abrir de olhos para nós, UE, e não só estamos a diversificar a procura de energia para fornecedores fiáveis, como também estamos a acelerar maciçamente a transição energética", concluiu a responsável.


Presente na ocasião, Moussa Faki Mahamat salientou que "África está confrontada com grandes desafios" por problemas de segurança, dado o terrorismo, de infraestruturas e de insegurança alimentar.


"A guerra na Ucrânia agravou a situação [pois] a acessibilidade e os preços dos cereais e dos fertilizantes são desafiantes para o continente africano", adiantou o líder da União Africana, saudando "os esforços" da UE para enfrentar esta situação.


Representantes da Comissão Europeia e da Comissão da União Africana reuniram-se hoje, em Bruxelas, para debater compromissos de investimento assumidos na cimeira dos dois blocos, em Fevereiro, e as relações geopolíticas, no contexto da guerra na Ucrânia.


A reunião, que aconteceu pela 11.ª vez, debruçou-se sobre temas como segurança alimentar, energia, clima, segurança e multilateralismo e ainda as consequências da agressão russa à Ucrânia, nomeadamente no mercado de cereais e óleos alimentares.


Tanto a Ucrânia como a Rússia são importantes fornecedores dos mercados mundiais, especialmente de cereais e óleos vegetais, como trigo, cevada e milho, pelo que Bruxelas reconhece o impacto imediato relacionado com o aumento dos custos ao longo de toda a cadeia de abastecimento alimentar, pela ruptura dos fluxos comerciais de e para a Ucrânia e Rússia, bem como as consequências na segurança alimentar global.

O Norte de África importa mais de 50% das suas necessidades de cereais da Ucrânia e da Rússia.


Em Junho passado, a Comissão Europeia lançou uma plataforma para ligar empresas e activar corredores solidários para facilitar as exportações de alimentos a partir da Ucrânia.

 





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