Kiev - As autoridades da Rússia e da Ucrânia efectuaram esta terça-feira uma nova troca de prisioneiros de guerra, desta vez envolvendo 120 militares, indicou o assessor da Presidência ucraniana, Andrei Yermak, citado pela agência noticiosa ucraniana Ukrinform.
"Esta é a melhor notícia num dia festivo, porque os heróis devem estar vivos. As nossas Forças Armadas lutam por isso, incluindo a batalha pela vida", assinalou Yermak, após precisar que "foram libertados 60 soldados ucranianos, incluindo 34 defensores de Mariupol".
A Ucrânia celebra hoje o Dia das Forças Armadas.
Por sua vez, o Ministério da Defesa russo confirmou a libertação de 60 militares russos detidos na Ucrânia e sublinhou que serão transferidos de avião em direcção a Moscovo "para receber tratamento e reabilitação em instituições médicas do Ministério da Defesa".
"Todos os libertados estão a receber o tratamento médico necessário e assistência psicológica", indicou a mesma fonte, citada pela agência noticiosa Interfax.
Esta nova libertação de prisioneiros de guerra segue-se a outra efectuada no passado dia 01 de Dezembro.
A ofensiva militar lançada a 24 de Fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.702 civis mortos e 10.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.