Moscovo - Presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou, hoje, quarta-feira, sobre as adesões da Finlândia e da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em 2023 e 2024, respectivamente.
Numa entrevista à agência de notícias RIA e ao canal Rossiay-1, o chefe de Estado considerou que estas entradas, com a última a acontecer na semana passada, são "um passo insignificante".
"Este é um passo absolutamente insignificante (para a Finlândia e a Suécia) do ponto de vista da garantia dos seus próprios interesses nacionais", justificou o presidente russo à agência estatal russa.
Putin apresentou ainda os seus planos para 'ir mais longe', na medida em que disse mesmo que Moscovo iria colocar militares e sistemas de destruição na fronteira com a Finlândia.
"Não tínhamos tropas lá, mas agora estas vão estar lá. Não havia sistemas de destruição lá, e agora vão aparecer", apontou.
Na mesma entrevista Vladimir Putin falou ainda sobre armas nucleares, garantindo que se houvesse ameaças ao Estado, à soberania ou à independência da Rússia.
Putin também expressou confiança de que Moscovo alcançará os objectivos na Ucrânia, mas disse estar aberto a negociações, acrescentando que qualquer acordo exigiria garantias firmes do Ocidente.
O presidente russo vai novamente a eleições esta semana.
No poder há mais de duas décadas e candidato à reeleição, Putin é o favorito nas presidenciais, na ausência de qualquer oposição.
A eleição deverá manter Vladimir Putin no poder até 2030, ano em que completará 77 anos, com a possibilidade de um mandato adicional até 2036, graças a uma alteração constitucional feita em 2020. GAR