Díli - O primeiro-ministro timorense considerou hoje (terça-feira) que a remodelação governamental pretende responder ao novo contexto do país e aos desafios de retoma e recuperação económica e social, com a crescente normalidade pós-pandemia.
Estas mudanças "exigem um ajustamento da estrutura de Governo mais adaptada à realidade interna e externa, de modo a tirar proveito das novas oportunidades desta fase mais positiva do desenvolvimento nacional", disse Taur Matan Ruak.
No discurso que proferiu depois da tomada de posse de quatro novos membros do executivo, no Palácio Presidencial, o primeiro-ministro disse que esta é uma "fase mais promissora que demanda um renovado foco, alinhamento interno e coesão de esforços na área da justiça, das finanças, das obras públicas e dos Assuntos dos Combatentes da Libertação Nacional".
O ex-deputado Abel Pires, do Partido Libertação Popular (PLP), tomou posse como ministro das Obras Públicas, em substituição de Salvador Pires, do mesmo partido, enquanto o assessor jurídico Tiago Sarmento assumiu a pasta da Justiça, em substituição de Manuel Cáceres da Costa, que se demitiu.
O actual director-geral para a cooperação externa, António Freitas, assumiu o cargo de vice-ministro das Finanças, ocupado por Sara Brites, a quem o primeiro-ministro pediu a demissão.
Finalmente, Loro Mesak, veterano de Ainaro, substituiu Gil da Costa Monteiro (Oan Soru) como secretário de Estado para os Assuntos dos Antigos Combatentes da Libertação Nacional.
"Quatro áreas governativas fundamentais para podermos acelerar o bom ritmo das reformas judiciárias e da Gestão das Finanças Públicas, bem como no volume e intensidade da execução das obras públicas a desenvolver no terreno", vincou.
Em causa está o que considerou ser um "volume de obras intenso" para a reconstrução de infra-estruturas danificadas pelas cheias do ano passado, e o plano de recuperação económica, no quadro da pandemia, focado nas áreas de saúde, educação, formação profissional, conectividade e protecção civil que o Governo quer "potenciar para os próximos meses".
Ainda que implementado no último ano do mandato, a alteração ao Governo mostra a vontade do executivo de "fazer mais e melhor, atingindo melhores resultados nas metas e objectivos de desenvolvimento sustentáveis", sublinhou o primeiro-ministro timorense.
A remodelação governativa acontece também quando o executivo está a arrancar com o novo ciclo de Planeamento e Orçamentação para 2023, que será "mais exigente na identificação e concretização das metas indicadoras, objectivos e prioridades que avaliam os índices de bem-estar e de desenvolvimento humano, mais saudável e sustentado", acrescentou.
"Melhores níveis de capacitação e conhecimento dos nossos recursos humanos, para o cumprimento do grande desígnio nacional de transformar Timor-Leste num país moderno, próspero e seguro com padrões de rendimento mais justos, equitativos e dignos", disse.