Kiev - A Rússia e a Ucrânia trocaram, esta noite, 95 prisioneiros de guerra de cada lado, entre os quais se encontra o activista de direitos humanos Maksim Butkevich, que se alistou no Exército ucraniano em 2022.
A operação decorreu sob a mediação dos Emirados Árabes Unidos, noticiou a Lusa.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou no canal Telegram o regresso a casa de soldados que defendiam Mariopol, Azovstal, Donetsk, Lugansk, Karkiv, Kiev, Chernguiv e Kherson.
O Centro de Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Presidência ucraniana explicou que esta troca permitiu o regresso a casa de "muitos ucranianos sentenciados a longas penas de prisão" e mesmo a prisão perpétua "na sua própria terra", ocupada pela Rússia.
Entre os libertados do cativeiro russo, 69 sargentos e soldados e 26 oficiais, encontram-se guardas nacionais, marinheiros, soldados das Forças Armadas da Ucrânia, guardas fronteiriços e representantes de outras unidades das Forças de Segurança e Defesa.
Entre os libertados também figura Maksim Butkevich, um defensor dos direitos humanos e co-fundador do Centro para os Direitos Humanos ZIMA, segundo o pai.
Em 2023, foi condenado pela Rússia na ocupada região de Lugansk a 13 anos de prisão, por alegadamente ferir duas mulheres em Siverskodonetsk, ao disparar um lança-granadas contra a entrada de um condomínio de vivendas.
Trata-se do 58.º intercâmbio organizado pela Ucrânia, que conseguiu libertar até agora 3.767 pessoas do cativeiro russo. GAR