Moscovo - O jornalista russo Roman Ivanov foi condenado hoje a sete anos de prisão por ter publicado nas redes sociais mensagens que criticavam o ataque russo contra a Ucrânia, anunciou a empresa de comunicação social RusNews.
O tribunal de Koroliov, uma pequena cidade situada a seis quilómetros a nordeste de Moscovo, considerou Roman Ivanov, 51 anos, culpado de "divulgar informações falsas" sobre o exército russo, indicou a RusNews através das redes sociais.
Ivanov trabalhava para o portal RusNews, além de manter actividade crítica contra as autoridades russas nas redes sociais e blogues.
Trata-se da última condenação de um crítico do regime de Vladimir Putin.
Além dos opositores políticos, o Kremlin tem também como alvo grupos de defesa dos direitos humanos, meios de comunicação social independentes e outros membros de organizações da sociedade civil, activistas LGBTQ+ e certas filiações religiosas.
"A Rússia já não é um Estado autoritário - é um Estado totalitário", afirmou recentemente Oleg Orlov, co-presidente da Memorial, o grupo russo de defesa dos direitos humanos que acompanha os presos políticos.
"Todas estas repressões têm por objectivo suprimir qualquer expressão independente sobre o sistema político russo, sobre as acções das autoridades ou sobre quaisquer activistas civis independentes", disse Orlov na última entrevista antes de ser preso.
Um mês depois de ter feito este comentário à Associated Press, Orlov, 70 anos, foi condenado a dois anos e meio de prisão por criticar os militares russos em relação à Ucrânia. JM