Luanda - O noticiário internacional do mundo destacou o anúncio da promulgação pelo Presidente Joe Biden de um projecto de lei que proíbe as importações de urânio da Rússia pelos Estados Unidos.
No entanto, segundo um comunicado do Departamento de Estado, a legislação que entra em vigor no dia 12 de Agosto próximo, permite excepções, caso os EUA determinem que não existe nenhuma fonte alternativa viável de urânio pouco enriquecido para sustentar a operação contínua de um reactor nuclear ou de uma companhia de energia nuclear dos Estados Unidos.
Noutro comunicado, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, considerou que a nova lei "restabelece a liderança dos Estados Unidos no sector nuclear" e ajudará "a proteger o sector energético para as gerações vindouras".
A lei segue em paralelo com o fornecimento de cerca de 2.521 milhões de euros em fundos federais para impulsionar a indústria local de processamento de urânio, disse Sullivan.
Entretanto, a Rússia já condenou a proibição de Washington, considerando que "nada mais é do que concorrência desleal e a continuação de uma política nada oculta e oculta dos americanos".
Na semana que termina, mereceu também destaque a nomeação de Andrei Belousuv para o cardo de ministro da Defesa da Rússia, em substituição de Sergei Shoigu, que ocupava o lugar desde 2012.
O anúncio acontece mais de dois anos após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia.
A agência Associated Press refere que após a demissão de Sergei Shoigu, o Presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto a nomeá-lo secretário do conselho de segurança nacional da Rússia, substituindo Nikolai Patrushev.
A mudança acontece semanas após o vice-ministro da Defesa russo, Timur Ivanov, responsável por projectos de construção militares, ter sido detido e acusado de aceitar subornos em grande escala.
Nos últimos sete dias, o noticiário internacional da ANGOP realçou a suspensão das conversações entre a Polónia e a Ucrânia sobre questões agrícolas, após meses de protestos dos agricultores polacos, acusando alguns dos negociadores ucranianos de corrupção.
O vice-ministro da Agricultura polaco, Michal Kolodziejczak, declarou numa entrevista ao jornal Dziennik Gazeta Prawna que alguns dos representantes ucranianos que iriam participar nas negociações foram acusados de crimes de corrupção no seu país.
"Não vamos negociar com pessoas acusadas de corrupção", afirmou o vice-ministro polaco, sem dar mais detalhes sobre o assunto.
No período em análise, fez igualmente eco, a visita do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, à China, naquela que é a sua primeira visita de Estado após a sua reeleição em Março último.
De acordo com a agência Tass, Putin manteve conversações com o seu homólogo, Xi Jinping, bem como procedeu à assinatura de alguns documentos, bem como discutiram questões relacionadas com a parceria global e a cooperação estratégica e os actuais problemas internacionais.
Outra matéria de destaque foi o “quase impasse” que se regista nas negociações entre Israel e o Hamas para uma trégua em Gaza.
"Nas últimas semanas vimos algum impulso a crescer. Mas, infelizmente, as coisas não avançaram na direcção certa. Neste momento, estamos quase num impasse", disse o primeiro-ministro do Qatar, Mohamed bin Abderrahman, durante o Fórum Económico do Qatar, em Doha.
O anúncio da pré-qualificação de uma segunda vacina contra a dengue, a TAK-003, para ser administrada em duas doses a crianças entre os 6 e os 16 anos, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), também mereceu destaque nos últimos sete dias.
De acordo com o director para a regulação e pré-qualificação da OMS, Rogério Gaspar, “a pré-qualificação da TAK-003 é um passo importante na expansão do acesso global a vacinas contra a dengue.
Para além da vacina CYD-TDV, da Sanofi Pasteur, a OMS recomenda agora o uso da TAK-003, desenvolvida pela Taneka, em crianças entre os 6 e os 16 anos em locais de alta intensidade de transmissão da doença, devendo a vacina ser administrada em duas doses, com um intervalo de três meses.
A OMS estima que existam anualmente cerca de 100 a 400 milhões de casos e que 3,8 mil milhões de pessoas vivam em países onde a doença é endémica, a maior parte dos quais estão na Ásia, África e Américas.
Foi igualmente destaque, no mesmo período, a assinatura de um acordo entre o Japão e os Estados Unidos que prevê o desenvolvimento pelos dois países de um novo tipo de míssil capaz de interceptar armas hipersónicas na década de 2030.
Este projecto, com um custo superior a três milhões de dólares (1 dólar equivale a Kz 837,50), foi anunciado pela primeira vez em Agosto, quando os líderes dos dois países se reuniram numa cimeira em Camp David, perto de Washington.
O governo japonês já destinou 75 mil milhões de ienes (1 iene equivale a Kz 5,41) no seu orçamento de 2024 para o desenvolvimento de mísseis de intercepção. JM