Luanda - O noticiário internacional do mundo destacou a morte na Faixa de Gaza de sete colaboradores da organização humanitária World Central Kitchen (WCK) num ataque israelita contra veículos marcados com o logótipo da organização.
Entre as vítimas encontravam-se cidadãos de nacionalidade britânica, polaca e australiana, além de um palestiniano e um americano-canadiano.
Um “drone” (aparelho não tripulado) israelita disparou três tiros na noite de segunda-feira (2) contra uma caravana da WCK na cidade de Deir al-Balah, no centro do enclave palestiniano, segundo um relatório exclusivo publicado terça-feira no diário israelita Haaretz.
O relatório preliminar do exército israelita conclui que o ataque ao comboio humanitário da WCK não tinha "intenção de prejudicar os trabalhadores humanitários" e deveu-se a um "erro de identificação".
Na sequência do ataque, a organização suspendeu as actividades no enclave palestiniano, que enfrenta um cenário de fome, devido à guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em curso há quase seis meses.
O ataque contra os trabalhadores humanitários foi condenado, entre outras organizações e países, pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América, que exigiram que o incidente seja investigado.
Bélgica/Investigação
A Procuradoria Europeia está a investigar alegadas irregularidades relacionadas com as negociações entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho de Administração da Pfizer para a aquisição de vacinas contra a Covid-19.
Em causa estarão crimes de "interferência em funções públicas, destruição de SMS, corrupção e conflito de interesses".
A investigação foi aberta pelas autoridades belgas no início do ano passado, na cidade de Liège, após uma queixa-crime apresentada pelo lobista local Frédéric Baldan.
A queixa baseou-se numa alegada troca de sms entre Ursula von der Leyen e o líder da Pfizer, Albert Bourla, ocorrida antes do maior acordo de vacinas da União Europeia.
O caso ficou conhecido como “Pfizergate”. O New York Times revelou que a troca de mensagens ocorreu, pela primeira vez, enquanto os dois líderes discutiram os termos do acordo.
O acordo entre a Comissão Europeia e a Pfizer garantia a aquisição de vacinas, com um valor estimado de 20 mil milhões de euros (1 euro equivale a Kz 894.00).
Rússia/Mobilização
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou o decreto da primeira campanha de recrutamento militar de 2024, que alarga a idade para os 30 anos, mais três do que na anterior, e abrangerá 150 mil russos.
O documento publicado no portal de informação jurídica do Governo russo e citado pela agência espanhola EFE diz: "realizar, entre 01 de Abril e 15 de Julho de 2024, a convocação para o serviço militar dos cidadãos russos com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos".
O decreto não abrange os russos que tenham completado 27 anos antes do final de 2023 e os reservistas com 28 e 29 anos.
Prevê ainda uma moratória de serviço para os cidadãos que trabalham em empresas informáticas e a libertação de soldados, marinheiros, sargentos e cabos que já cumpriram o seu serviço.
Esta nova mobilização segue-se à campanha do Outono, em que foram convocados 130 mil novos recrutas, e deverá ultrapassar a campanha da primavera do ano passado, que registou cerca de 147 mil mobilizações.
China/Japão
Peritos do Japão e da China realizaram o primeiro diálogo público entre os dois países, na cidade chinesa de Dalian, para discutir o impacto da controversa libertação de água tratada da central nuclear japonesa de Fukushima.
O desastre nuclear da central japonesa de Fukushima Daiichi, desencadeado pelo devastador terramoto e tsunami de Março de 2011, representa o mais grave acidente nuclear do século XXI até à data.
A decisão do Governo japonês de começar a libertar a água radioactiva armazenada no seu interior, uma deliberação aprovada pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), gerou um debate científico e público, dado o seu potencial para causar danos ambientais durante décadas.
O Governo japonês iniciou a quarta descarga de água tratada no mar no passado dia 18 e a próxima descarga está prevista para o próximo mês de Abril, segundo a Tokyo Electric Power Company (TEPCO), que gere a central.
Na última descarga foram descarregadas cerca de 7.800 toneladas, uma quantidade semelhante à das descargas anteriores.
Mongólia/Frio
A Autoridade Geral de Emergência da Mongólia indicou que cerca de 5,9 milhões de animais morreram devido a condições meteorológicas adversas durante o inverno, o que corresponde a 9,2% do gado total do país.
A situação é particularmente grave nas províncias onde o fenómeno conhecido como "dzud", uma forte onda de frio e neve que impede o gado a ter acesso às pastagens tem causado estragos, informou a autoridade na sua conta oficial do Facebook.
O secretário-geral da instituição informou que cerca de 12 mil e 500 famílias de pastores tentam manter vivos 5,2 milhões de animais nos 20 distritos de um total de 330 em que o país está dividido que se encontram em situação de emergência.
A pecuária é um dos eixos da economia da Mongólia, que procura multiplicar as suas exportações de produtos de origem animal no curto prazo para países como a China ou a Rússia, a fim de reduzir a sua dependência dos rendimentos das operações mineiras. JM