Luanda - As duas ofensivas aéreas israelitas que atingiram o centro da capital do Líbano, causando mortes a 18 pessoas e 92 feridos, constituíram, entre outros assuntos, os destaques do noticiário internacional da ANGOP na semana que hoje, sábado, termina.
Segundo uma fonte de segurança libanesa contactada pela CNN, os ataques aéreos resultaram também na destruição de várias infra-estruturas, entre sociais e económicas.
A propósito, o porta-voz do exército israelita, o tenente-coronel Nadav Shoshani, disse que as forças do seu país estão operar no sul do Líbano como parte de um “conflito em andamento com o Hezbollah, cujos terroristas e infra-estrutura estão em estreita proximidade com as posições da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), representando um risco significativo para a segurança dos capacetes azuis”.
Hezbollah e Israel têm trocado fogo quase diariamente desde 8 Outubro de 2023, no dia seguinte ao ataque do Hamas ao sul de Israel.
Para conter os ataques, o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, solicitou uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para um "cessar-fogo imediato e completo", com o acordo do grupo xiita Hezbollah, admitindo enviar o exército libanês para o sul do país.
A porta-voz da Unifil, Andrea Tenenti, citada pela agência de notícias italiana ANSA, denunciou que, no mesmo período, o exército israelita atacou também três bases da Força Interina das Nações Unidas no Líbano, incluindo o quartel-general da missão em Naqoura, na qual dois soldados foram feridos.
Fez igualmente eco no noticiário internacional da ANGOP, a atribuição do Nobel da Paz 2024 a organização japonesa Nihon Hidankyo, pelo seu activismo contra as armas nucleares.
A organização foi galardoada "pelos seus esforços para alcançar um mundo livre de armas nucleares e por demonstrar através do depoimento de testemunhas que as armas nucleares nunca mais devem ser utilizadas".
Ainda nos últimos sete dias, o anúncio do encerramento de duas clínicas da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) na capital do Líbano, Beirute, devido aos ataques israelitas, que mataram pelo menos 50 paramédicos, marcou igualmente a semana internacional.
"Os MSF foram obrigados a encerrar completamente a sua clínica no campo palestiniano de Burj al-Barajneh, nos subúrbios do sul de Beirute, e a suspender temporariamente as suas actividades em Baalbek-Hermel, no nordeste do Líbano", avançou a organização não-governamental (ONG) num comunicado, sublinhando que ambas as zonas foram "gravemente afectadas pelos ataques".
Nos últimos sete dias, a ANGOP destacou ainda que mais de 370 milhões de mulheres no mundo são vítimas de estupro ou violência sexual antes de completarem 18 anos, o equivalente a uma em cada oito, segundo uma denúncia do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF).
Em relatório divulgado na véspera do "Dia Internacional da Menina", a organização da ONU alerta para as "consequências devastadoras" para as vítimas e apela por uma "acção mundial urgente", segundo a agência de notícias ANSA.
Na semana de 06 a 12 de Outubro, a ANGOP realçou ainda a disponibilidade do primeiro-ministro chinês, Li Qiang, em trabalhar com a União Europeia em prol de relações estáveis e positivas, durante um encontro com o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
O Li sublinhou a importância de aumentar a confiança estratégica mútua e reforçar a cooperação em áreas de interesse comum.
Ainda nos últimos sete dias, a advertência do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre a irreversibilidade da formação de nova ordem mundial mereceu também realce no noticiário internacional da ANGOP.
De acordo com Putin, as relações internacionais entraram num momento de mudanças fundamentais, sublinhando que a formação de uma nova ordem mundial que reflicta toda a diversidade é "uma evolução natural e irreversível".
"A Rússia defende o debate internacional mais amplo possível sob os parâmetros de interacção no mundo multipolar emergente e está aberta a discutir questões relacionadas com a construção de uma nova ordem mundial", afirmou Vladimir Putin, num fórum internacional em Ashkhabad, capital do Turcomenistão.
No seu discurso, transmitido em directo pela televisão estatal russa, o responsável do Kremlin sublinhou que "o mundo enfrenta ameaças sem precedentes geradas por fracturas de civilizações e conflitos interétnicos e inter-religiosos" e "as relações internacionais entraram numa era de mudanças globais e fundamentais". AM/JM