Luanda – Os disparos de 200 mísseis, alguns dos quais supersónicos, contra Israel e a incursão terrestre do exército israelita no sul do Líbano, constituíram os principais temas informativos da ANGOP na semana que hoje, sábado, termina.
Segundo a imprensa iraniana, alguns mísseis atingiram bases militares e áreas controladas por Israel na Cisjordânia.
A imprensa, que cita o Governo israelita que está a fazer o levantamento dos danos, avança que as explosões foram também ouvidas em Jerusalém.
A semana também foi marcada com a incursão terrestre militar de unidades do exército israelitas no sul do Líbano após dias de intensos bombardeamentos, sobretudo aéreos, contra unidades do Hezbollah.
Em resposta aos ataques, o Hezbollah lançou mísseis em direcção a Telavive, alegando ter como alvo instalações do serviço secreto Mossad (responsável pela colecta de informações, operações secretas e contra-terrorismo).
O grupo Houthi, apoiado pelo Irão e sedeado no Iêmen, também afirmou ter disparado foguetes contra o território israelita.
A ANGOP noticiou também que o Conselho de Segurança da ONU garantiu todo o seu apoio ao secretário-geral da organização, António Guterres, acusado pela diplomacia israelita de ”Persona Non Grata”, por este não ter condenado de imediato o ataque iraniano com 200 mísseis contra Israel.
A posição do Conselho de Segurança aconteceu quinta-feira, na qual os cinco membros permanentes da instituição e os dez não permanentes enfatizaram a necessidade de todos os Estados membros manterem uma relação produtiva com o secretário-geral e se absterem de acções que comprometam o seu trabalho.
Alertaram que qualquer decisão que não envolva o secretário-geral ou as Nações Unidas é contraproducente, especialmente num momento de escalada de tensões no Médio Oriente.
Por seu turno, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, também criticou a posição israelita, durante um discurso em Pontevedra, noroeste da Espanha, após receber o prémio anual do Fórum La Toja-Atlantic Link.
"Devemos rejeitar os ataques ao secretário-geral das Nações Unidas. Sim, tudo começou com os ataques terroristas do Hamas, que condenamos, mas esses ataques, como disse o secretário-geral das Nações Unidas, não vêm do nada. Eles são a consequência, ou (...) pelo menos mais um capítulo em uma longa história que começou antes”, lembrou o diplomata.
Apesar desta situação, António Guterres foi apontado com um dos favoritos ao prémio Nobel da Paz de 2024, propostas também atribuídas ao Tribunal Internacional de Justiça e a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos, segundo especialistas entrevistados pela agência Reuters, cujas casas de apostas depositam igualmente as esperanças ao activista russo Alexei Navalny e ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Nos últimos sete dias, a ANGOP noticiou igualmente o Furacão Helena que atingiu a costa norte-americana há uma semana que já provocou a morte de 215 pessoas. Mais da metade dos óbitos ocorreram no estado da Carolina do Norte, onde comunidades inteiras ficaram desalojadas e centenas de pessoas continuam desaparecidas.
A propósito, o Presidente norte-americano, Joe Biden, visitou as zonas afectadas, tendo anunciado na ocasião que mil soldados haviam de se juntar à Guarda Nacional da Carolina do Norte para fornecer mantimentos às comunidades isoladas.
Esta semana foi igualmente destaque o anúncio do novo secretário-geral da NATO, o holandês Mark Rutte, em "fazer com que a Ucrânia ganhe a guerra contra a Rússia".
Rutte reafirmou o compromisso da NATO a integrar a Ucrânia nas suas fileiras."A Ucrânia nunca esteve tão perto da NATO e ela continuará a seguir este caminho até que se torne membro", disse o responsável. DSC/JM