Luanda - A identificação do homicida do candidato republicano a Presidente dos EUA, Donald Trump, e o tufão Yagi, que causou 292 mortos e prejuízos estimados em 1,5 mil milhões de euros no Vietname, foram os principais assuntos de destaque no noticiário da ANGOP na semana que hoje, sábado, termina.
Trata-se de Ryan Wesley Routh, de 58 anos, identificado como o homicida de Trump, nas imediações do clube de golfe Trump International Golf Club, em West Palm Beach, na Florida.
De acordo com a CBS News, na década de 1990 Routh, que reside actualmente em Havai, foi acusado na Carolina do Norte de passar cheques sem cobertura e em 2002 sentenciado por posse de uma arma de destruição maciça, além de outros registos criminais como atropelamento, fuga e resistência à prisão.
Na sua conta na rede social X, o homem teceu várias críticas a Trump, apesar de ter votado no republicano nas eleições presidenciais de 2016.
Trump já tinha sido vítima de uma tentativa de assassinato a 13 de Julho, durante um comício em Butler, na Pensilvânia, depois de um jovem de 20 anos ter ferido a orelha do politico após um disparo, tendo os serviços secretos abatido o agressor.
No Vietname, o tufão Yagi, além de causar mortes e prejuízos materiais, provocou o desaparecimento de 38 pessoas, danificou 230 mil residências e cerca de 280 mil hectares de campos agrícolas no norte do país, segundo um relatório divulgado pela rádio estatal local.
Ainda na semana prestes a findar, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que o "plano para a vitória" da Ucrânia na guerra contra a Rússia, que apresentará este mês ao homólogo norte-americano, Joe Biden, está "totalmente preparado".
No seu discurso diário à nação, Zelensky adiantou que "todos os pontos e todos os aspectos essenciais" do plano, cujo conteúdo não revelou, estão prontos, defendendo que "o mais importante agora é a determinação de implementar" o mesmo.
Igualmente foi destaque na ANGOP, a morte na última terça-feira de 12 pessoas próximas do grupo islamita pró-iraniano Hezbollah (Partido de Deus), em consequência das explosões de 'pagers' no Líbano, e atribuídas a Israel.
De acordo com o ministro libanês da Saúde, Firass Abiad, citado pelo site Notícias ao Minuto, dos ataques em simultâneas resultaram também 2.800 feridos.
Em Nova Iorque, a Assembleia-Geral da ONU apelou esta semana o fim da ocupação israelita dos territórios palestinianos ocupados dentro de "12 meses", numa resolução não vinculativa que Portugal votou a favor e já criticada por Israel como "tendenciosa e cínica".
O texto da resolução, aprovado com 124 votos a favor, 14 votos contra e 43 abstenções, segue o parecer do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) de Julho, que a pedido da Assembleia Geral analisou a ocupação dos territórios palestinianos desde 1967 e considerou que "a continuação da presença" israelita nos mesmos "é ilegal" e que Israel tem "obrigação de pôr fim a isso (...) o mais rápido possível".
Outro tema de destaque nos últimos sete dias, foi o anúncio da recepção pela União Europeia de 513.000 pedidos de protecção internacional até ao final de Junho de 2024, com uma percentagem de aprovação inicial de 46%.
De acordo com um relatório divulgado pela agência para o asilo da UE, do total 46% das pessoas receberam o estatuto de refugiado, por ter sido considerada como comprovada a necessidade de protecção.
A Alemanha recebeu 124.000 pedidos de protecção temporária, a Espanha (88.000) e a Itália (85.000). O Chipre, que aceitou 4.900, foi o país com mais percentagem de solicitações per capita.
Os sírios lideraram em pedidos, com 71.000, um aumento de 7% em comparação com o período homólogo de 2023, e a percentagem de reconhecimento do estatuto de refugiado foi de 92%.
O número de cidadãos afegãos a pedir asilo diminuiu 18% e verificaram-se 45.000 nos primeiros seis meses do ano.
No período em análise, a ANGOP destacou também que mais de 39 milhões de pessoas podem morrer nos próximos 25 anos no mundo devido a infecções bacterianas resistentes a antibióticos, segundo um estudo divulgado na revista médica britânica The Lancet.
Segundo o mesmo estudo, um terço das mortes ocorrerão no sul da Ásia, incluindo Índia, Paquistão e Bangladesh, enquanto 92 milhões de vidas poderão ser poupadas nesse mesmo período.
A resistência aos antibióticos é a capacidade de uma bactéria sobreviver ou crescer apesar do medicamento que normalmente a inibiria ou mataria.
Algumas bactérias sofrem mutações genéticas que as tornam resistentes aos antibióticos.
Mereceu também realce nós últimos sete dias, o apelo feito pelos principais órgãos de comunicação social alemães ao governo israelita para que lhes permita entrar na Faixa de Gaza.
"Após quase um ano de guerra, apelamos ao governo israelita para que nos permita entrar na Faixa de Gaza", escreveram os chefes de redacção de cerca de 15 meios de comunicação impressos, televisivos e de agências numa carta aberta.
A carta aberta, dirigida ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e ao Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, foi entregue na segunda-feira, segundo a agência francesa AFP.
Os signatários incluem editores e jornalistas dos jornais Der Spiegel e Die Welt, dos canais públicos ARD e ZDF, da agência noticiosa alemã DPA e da Associação de Jornalistas Alemães Os meios de comunicação social alemães consideraram que quem impossibilita a produção de notícias independentes sobre a guerra "está a prejudicar a sua própria credibilidade".
"Qualquer pessoa que nos proíba de trabalhar na Faixa de Gaza está a criar as condições para uma violação dos direitos humanos", acrescentaram. DSC/JM