Luanda – O anúncio da assinatura de um acordo entre a Coreia do Norte e a Rússia que prevê a prestação de assistência mútua em caso de agressão, esteve entre as principais manchetes do noticiário internacional da ANGOP, na semana que hoje, sábado, termina.
O acordo foi assinado no âmbito da visita de dois dias que o Presidente russo, Vladimir Putin, efectuou a Pyongyang a convite do líder norte-coreano, Kim Jong-un.
"É realmente um documento inovador", disse o Presidente russo numa conferência de imprensa na capital norte-coreana, acrescentando que o tratado prevê, entre outros aspectos, "assistência mútua em caso de agressão contra uma das partes do tratado", segundo adiantaram as agências noticiosas russas.
Os dois países são aliados desde a fundação da Coreia do Norte, após a II Guerra Mundial, e aproximaram-se ainda mais desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 2022.
A cimeira aconteceu num momento de grande preocupação no Ocidente com o fornecimento por Pyongyang de munições a Moscovo para a guerra contra a Ucrânia.
Entretanto, os Estados Unidos e aliados disseram que este novo tratado, certamente, alimentará ainda mais a entregas de meios bélicos.
O Departamento de Estado norte-americano, por exemplo, disse que a Coreia do Norte transferiu ilegalmente, nos últimos meses, "dezenas de mísseis balísticos e mais de 11.000 contentores de munições para ajudar o esforço de guerra da Rússia".
Outro assunto de realce no período em análise foi o anúncio do prolongamento das sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra a Coreia do Norte, devido ao programa nuclear.
Sobre o assunto o Presidente russo, Vladimir Putin, defendeu, em Pyongyang, que as sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra a Coreia do Norte devido ao programa nuclear devem ser reexaminadas.
"O regime de restrições indefinidas adoptado pelo Conselho de Segurança (...) contra a República Popular Democrática da Coreia nome oficial da Coreia do Norte, inspirado pelos Estados Unidos e seus aliados, deve ser reexaminado", declarou Putin, citado pela agência francesa AFP.
Fez igualmente eco no noticiário internacional da ANGOP, o anúncio do Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, sobre o país que se encontra em situação de "emergência demográfica", prometendo um plano global para aumentar a taxa de natalidade.
"Declaro oficialmente uma 'emergência demográfica nacional'. Vamos activar um sistema de resposta governamental abrangente até que o desafio da baixa taxa de natalidade seja resolvido", afirmou Yoon durante uma reunião com um comité presidencial em Seongnam, a sul de Seul.
Na semana de 16 a 22 deste mês, foi destacado também o comunicado do Conselho da União Europeia (UE) que prolonga por mais um ano as sanções contra Rússia pela anexação da península da Crimeia, na Ucrânia, e da cidade de Sebastopol.
Em comunicado, o Conselho da UE anunciou que as sanções contra o Kremlin pela anexação desta região e cidade são prorrogadas até 23 de Junho de 2025.
Foi igualmente destaque no período em análise, a morte de mais de mil peregrinos em Meca, cidade sagrada para os muçulmanos, durante a peregrinação anual.
O clima extremo está a levar vários países a emergências. Nos Estados Unidos, 86 milhões de americanos estão sob alerta para o calor. A capital da Índia, Nova Deli, registou a marca de 38 dias seguidos com o termómetro na casa dos 40º C.
Na Itália, activistas do Greenpeace usaram câmaras térmicas infravermelhas para medir o calor nos pontos turísticos de Roma. No Coliseu, no Vaticano e na estação ferroviária Termini, as temperaturas da superfície ultrapassaram os 50º C.
O alerta da UNESCO, dos cerca de 250 milhões de crianças e jovens que, em todo o mundo, não frequentam a escola ou têm carências educativas básicas com custo anual de 10 biliões de dólares à economia global, mereceu também destaque na semana que hoje finda. AM/JM