Luanda – O acordo alcançado pelo G7 sobre um empréstimo à Ucrânia a ser financiado pelos juros dos bens do Banco Central russo congelados em território comunitário, bem como as ameaças feitas pela Rússia sobre este entendimento, constituíram, dentre outros, os assuntos destacados no noticiário internacional durante a semana que hoje finda.
Durante os últimos sete dias, o G7 alcançou um acordo provisório para conceder à Ucrânia um empréstimo de cerca de 46.000 milhões de euros, a financiar com juros gerados pelos activos do banco central russo congelados na União Europeia (UE).
O acordo provisório foi alcançado pelos negociadores dos países do bloco - conhecidos como 'sherpas' -, tendo agora de ser aprovado formalmente por cada um dos líderes, segundo fonte ligada ao G7 citada pela agência de notícias EFE.
Entretanto, a Rússia ameaçou a União Europeia (UE) com medidas "extremamente dolorosas", após o acordo do G7 sobre um empréstimo à Ucrânia a ser financiado pelos juros dos bens do Banco Central russo congelados em território comunitário.
"Na Rússia, existem propriedades e bens europeus suficientes, e a inevitável retaliação russa será extremamente dolorosa para Bruxelas", advertiu a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, numa conferência de imprensa.
O empréstimo, no valor de cerca de 46 mil milhões de euros, chegará à Ucrânia antes do final deste ano.
Um outro assunto que mereceu destaque no noticiário internacional da ANGOP foi o acordo assinado pelos Estados Unidos de segurança, por dez anos, com a Ucrânia, à margem da cimeira do G7 (grupo das sete maiores economias do mundo e União Europeia), no sul de Itália, segundo noticiou a Reuters.
"Os Estados Unidos expressam um forte sinal do seu firme apoio à Ucrânia", anunciou o Governo do Presidente norte-americano, Joe Biden, num comunicado divulgado pouco antes da cerimónia de assinatura do acordo, entre Biden e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, convidado a participar na cimeira do G7 na estância balnear de Bari.
Ainda na semana finda, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que a França, os Estados Unidos e Israel irão trabalhar num formato trilateral num plano francês para conter as tensões na fronteira israelo-libanesa, noticiou o site Notícias ao Minuto.
"Todos partilhamos uma preocupação sobre a situação na fronteira com o Líbano", disse Macron à imprensa, após o primeiro dia de reuniões em Borgo Egnazia, no sul de Itália.
"Adoptámos o princípio de uma troika Israel-Estados Unidos-França para avançar no plano que propusemos. Faremos o mesmo com as autoridades libanesas", acrescentou o chefe de Estado francês.
Entretanto, nos últimos sete dias, o partido da extrema-direita União Nacional (Rassemblement national, RN, na sigla francesa) ganhou as eleições europeias com 31,37%, segundo os resultados finais publicados pelo Parlamento Europeu (PE).
Segundo os últimos dados publicados, o RN elegeu 30 eurodeputados, seguindo-se a coligação do partido do Presidente, Emmanuel Macron, com 14,60% (13 lugares), e a coligação dos socialistas 13,83% (13).
A Constituição de um novo governo nomeado no Haiti, com a missão de tentar restaurar a segurança e estabilidade no país devastado pela violência causada por gangues armados, mereceu também destaque na semana finda.
O decreto que lista os membros do novo gabinete foi publicado no Le Moniteur, o jornal oficial haitiano, duas semanas depois de o conselho de transição presidencial ter nomeado um primeiro-ministro interino, Garry Conille, que exercerá também a função de ministro do Interior, segundo o texto.
Dominique Dupuy, representante do Haiti na UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), é responsável pelos Negócios Estrangeiros. O Haiti, em crise há vários anos, está a ultimar as suas autoridades de transição.
Por fim, foi também destacada, no noticiário internacional da ANGOP, a visita simbólica do Papa Francisco ao Capitólio de Roma, em Itália, que marca a segunda ocasião em que o Sumo Pontífice aparece na icónica colina de Roma, após a sua visita anterior em 26 de Março de 2019.
De acordo com a Vatican News, a visita realizou-se no contexto dos preparativos para o Jubileu de 2025 e reflecte a estreita relação entre a administração municipal e o Vaticano.DSC/CS