Luanda – O noticiário internacional da ANGOP destacou, na semana que hoje termina, a ordem executiva emitida pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe biden, que impede os migrantes de pedir asilo na fronteira entre o seu país e o México.
De acordo com o The New York Times, a ordem, que surge numa altura em que as travessias aumentam, é a política de fronteira mais restritiva já instituída por Biden ou qualquer outro democrata moderno.
A medida, segundo o The New York Times, pode entrar em vigor imediatamente, permitindo que os oficiais de fronteira devolvam os migrantes através da fronteira para o México ou para seus países de origem em horas ou dias.
As travessias diárias já ultrapassam as 2.500 e o número teria de se manter abaixo de uma média diária de 1.500 durante sete dias seguidos para que a fronteira seja reaberta.
Também na semana que hoje finda, foi destaque o anúncio feito pelos países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que precisam de mais um ano para tentar chegar a um tratado que prepare o mundo para futuras pandemias.
Segundo o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a decisão de concluir o Acordo sobre Pandemias no prazo de um ano mostra a forte vontade dos países e a urgência da questão, enquanto o problema não é saber se haverá uma pandemia no futuro, mas sim quando é que ela virá.
No que diz respeito à reforma do Regulamento Sanitário Internacional, o líder da OMS disse irá introduzir uma definição mais clara de quando pode ser declarada uma “pandemia”: Na covid, por exemplo, essa declaração só foi feita em Março de 2020, embora a emergência internacional já tivesse sido activada dois meses antes.
Avançou que serão também introduzidos compromissos dos Estados em matéria de solidariedade e equidade no acesso a produtos médicos e ao financiamento em emergências sanitária, bem como cridas autoridades nos sistemas nacionais de saúde para coordenar a aplicação destes regulamentos em cada país.
No mesmo período, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) suspendeu o trabalho em Rafah e mudou-se para a cidade de Khan Younis, também no sul da Faixa de Gaza.
A decisão foi anunciada pelo chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, depois de o exército israelita ter entrado em Rafah.
"Estamos agora a trabalhar a partir de Khan Younis e das zonas do centro, onde vivem 1,7 milhões de pessoas", referiu.
Lembrou que mais de um milhão de pessoas, na maioria deslocados, foram obrigadas a fugir do local, que conta com 1,4 milhões de habitantes, desde que as forças israelitas lançaram uma ofensiva em 10 de Maio.
Fez igualmente eco nos últimos sete dias, o projecto de resolução apresentado pelos EUA ao Conselho de Segurança da ONU de apoio a um acordo de cessar-fogo em Gaza.
Sobre o projecto, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, adiantou, em comunicado, que os norte-americanos distribuíram um novo projecto de resolução ao Conselho de Segurança que apoia a proposta em cima da mesa para parar os combates em Gaza, através de um acordo sobre um cessar-fogo e a libertação dos reféns.
De acordo com o Comunicado do EUA, muitos líderes e governos, inclusive na região, apoiaram este plano e apelam ao Conselho de Segurança para se juntar a eles na implementação deste plano sem demora e sem novas condições. JM