Luanda - A cimeira da NATO, centrada no apoio à Ucrânia contra a invasão russa e na adesão à Aliança da Suécia e no reforço dos meios militares dos aliados contra futuras ameaças, constituiu o principal destaque do noticiário internacional da ANGOP, na semana que hoje, sábado, finda.
O evento, que juntou 31 membros da aliança na cidade de Vilnius (Lituânia), serviu para discutir o reforço do investimento dos aliados, bem como para suprir as necessidades da Ucrânia no seu esforço de guerra.
Os 31 membros discutiram igualmente a adesão sueca à organização, cujo principal obstáculo ficou resolvido quando o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, concordou em apoiar a entrada da Suécia na Aliança Atlântica.
Entretanto, os Estados Unidos da América, a Alemanha e a Noruega, bem como a presidente da Comissão Europeia, saudaram o acordo do Presidente turco para a adesão da Suécia à NATO.
Em contrapartida, Estocolmo garantiu que apoiaria os esforços de adesão da Turquia à União Europeia (UE), incluindo a liberalização de vistos.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, tem insistido na ideia que os aliados devem se comprometer com os 02% do PIB em Defesa como mínimo e não como "um tecto".
Ainda nos últimos sete dias, foi matéria de capa o anúncio do Ministério da Defesa da Rússia da recepção do grupo paramilitar Wagner de mais de 2.000 equipamentos militares, 2.500 toneladas de munições e 20.000 armas pequenas, graças ao acordo alcançado após a sua rebelião abortada em Junho.
Segundo o ministério, citado pela agência russa Interfax, o Grupo Wagner entregou "mais de 2.000 unidades de equipamentos e armas", incluindo tanques de guerra, sistemas de mísseis de lançamento múltiplo e mísseis antiaéreos, alguns deles novos.
A notícia da detenção de altas patentes militares russas, incluindo o general Sergei Surovikin, ex-comandante das forças de Moscovo na Ucrânia, no âmbito da rebelião do Grupo Wagner foi também destaque.
O general Sergei Surovikin, que comandou as forças russas na Síria e depois na invasão da Ucrânia, iniciada em 24 de Fevereiro do ano transacto, foi detido e interrogado, juntando-se a outras altas patentes que foram presas, suspensas ou demitidas.
Surovikin, conhecido como "General Armagedão" pelas campanhas de bombardeamentos que empreendeu na Síria, não era acusado de nenhum crime, mas estava a par alegadamente dos planos de rebelião do líder do grupo mercenário Wagner.
O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, abandonou a Ucrânia, onde as suas tropas terão sido supostamente atacadas por forças russas, e, na noite de 23 para 24 de Junho, os seus soldados tomaram sem resistência a cidade estratégica de Rostov (sul da Rússia), tendo depois empreendido uma marcha para Moscovo para depor as chefias militares
A iniciativa foi travada apenas quando as colunas militares estavam a pouco mais de 200 quilómetros da capital, num acordo mediado pelo Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Na semana que hoje finda, as autoridades italianas desmantelam um clã mafioso de 18 elementos, por alegada "associação mafiosa, extorsão, tráfico de droga, posse ilegal de armas de fogo, entre outros crimes".
Outro destaque do noticiário internacional da ANGOP foi a reunião de cerca de três horas entre o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, e o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, na Presidência russa, em Moscovo, no dia 29 de Junho, alguns dias após o fracasso de uma rebelião.
Putin ouviu "as explicações dos comandantes" e ofereceu-lhes opções de emprego após a rebelião.
Por sua vez, o líder do Wagner também disse que estava pronto para continuar a lutar pela pátria.
Nesta semana, um helicóptero que levantou voo da zona do Monte Evereste, no Nepal, transportando cinco turistas, desapareceu, tendo perdido o contacto com a aeronave.
O helicóptero transportava cinco turistas numa excursão turística ao topo mais alto do mundo e regressava à capital, Katmandu.
Nos últimos sete dias, o Parlamento Europeu aprovou uma iniciativa legislativa para garantir o aprovisionamento de “chips” na União Europeia (UE) através do reforço da investigação, num apoio de 3,3 mil milhões de euros, e da adoção de medidas de emergência.
A iniciativa legislativa, discutida nos últimos meses com o Conselho, foi aprovada na sessão plenária da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, por 587 votos a favor, 10 contra e 38 abstenções, tendo agora de ser aprovada pelos Estados-membros.
O objectivo é "criar um ambiente favorável aos investimentos em “chips” na Europa, acelerando os procedimentos de autorização e reconhecendo a sua importância crítica", assinala o Parlamento Europeu em comunicado. JM