Luanda – A parceria estratégica entre a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e a Tent Partnership for Refugees (Tent), uma rede global de mais de 350 empresas comprometidas em dar emprego a refugiados, constituiu o principal destaque do noticiário internacional da ANGOP na semana que hoje, sábado, termina.
Segundo a OIM, a parceria estratégica tem como propósito acelerar a inclusão laboral de migrantes e outras pessoas deslocadas à força em todo o mundo, mas, inicialmente, vai centrar-se no México, onde os esforços conjuntos visam ajudar o sector privado a aceder a trabalhadores deslocados em todo o país.
Nos últimos anos, o México acolheu mais de 600 mil migrantes, refugiados e pessoas deslocadas de países como Venezuela, Haiti e Cuba. No entanto, muitos não conseguiram encontrar trabalho formal.
Ao mesmo tempo, 75% dos empregadores no México afirmam ter dificuldade em encontrar trabalhadores e a Associação Mexicana de Empregadores (COPARMEX) informou que há entre 1,2 e 1,6 milhões de vagas no mercado de trabalho mexicano.
Nos últimos sete dias, o acordo entre democratas e republicanos para desbloquear novos fundos para a Ucrânia, ao mesmo tempo que reforça a política de imigração dos EUA, mereceu também realce.
O pacote, de 118 mil milhões de dólares (1 dólar equivale a 828,261 Kz), combina a política de reforço de fronteiras e a ajuda em tempo de guerra para a Ucrânia, Israel e outros aliados dos Estados Unidos.
A propósito, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apoiou o acordo e apelou à sua rápida adopção.
"Chegámos a um acordo bipartidário sobre segurança nacional que inclui as reformas mais duras e justas em matéria de imigração das últimas décadas. Apoio-o firmemente", afirmou Joe Biden em comunicado, instando o Congresso a "aprová-lo rapidamente".
Também no mesmo período, a Comissão Europeia e a Corporação Financeira Internacional (IFC) assinaram um acordo de 500 milhões de euros (1 euro equivale a 902,147 Kz) para apoiar investimentos para uma "reconstrução sustentável e inclusiva" da Ucrânia
O acordo com a Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla inglesa), o braço do Banco Mundial para ajudar o sector privado a investir nos países em desenvolvimento, vai disponibilizar também 90 milhões de euros em garantias financeiras para apoiar os investimentos na Ucrânia, país invadido há praticamente dois anos pela Federação Russa.
"Os investimentos mobilizados ao abrigo do programa pelo sector privado deverão ultrapassar os 500 milhões de euros em todos os sectores, incluindo as infra-estruturas essenciais e a produção de bens, promoção da descarbonização e a preservação dos meios de subsistência", referiu o executivo do bloco europeu na mesma nota informativa.
Em 2022, a IFC criou um programa de dois mil milhões de euros para apoiar o sector privado ucraniano e, desde essa altura, conseguiu financiar "em mais de 650 milhões de euros" e mobilizou "mais de 400 milhões de euros para apoiar as indústrias da tecnologia, agricultura, exportações e importações críticas" e também o sector financeiro do país.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de Fevereiro de 2022.
Nesta semana, destacou-se igualmente o boicote do partido no poder da sessão extraordinária do parlamento húngaro, a pedido dos deputados da oposição para inscrever na agenda a adesão da Suécia à NATO.
Num hemiciclo quase vazio, o embaixador dos Estados Unidos em Budapeste, David Pressman, ocupou um lugar na galeria, ao lado de outros 14 representantes de membros da NATO, numa mensagem para pressionar a Hungria, o último país que ainda não ratificou a adesão.
Após a aprovação pelo parlamento turco em Janeiro, a Hungria mantém-se o único país que não aprovou a entrada do país nórdico na aliança militar ocidental.
Ainda no período em análise, o Alto Comissariado das Nações Unidas (ACDH) para Direitos Humanos em Genebra declarou o agravamento da violência no Haiti.
De acordo com ACDH, pelo menos 806 pessoas foram mortas, feridas ou raptadas em Janeiro de 2024, e cerca de 300 membros de grupos armados também foram mortos ou feridos, perfazendo um total de 1.108 pessoas.
A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA) advertiu também que a população da Faixa de Gaza enfrenta a possível perda de "uma geração inteira", com a "infância a ser roubada" às crianças palestinianas.
Segundo o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, após quatro meses de guerra brutal em Gaza, mais de meio milhão de crianças não podem frequentar a escola primária e secundária. AM
