Kiev - O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou hoje, com o seu homólogo letão, Edgar Rinkevics, um acordo de garantia de segurança por 10 anos, semelhante ao que já assinou com outros países como Alemanha, França e Reino Unido.
Zelensky, que assinou o acordo durante a sua viagem oficial à Lituânia, onde participa, juntamente com Rinkevics e outros líderes bálticos e polaco, numa conferência internacional, indicou que a Letónia fornecerá à Ucrânia ajuda militar equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) anual.
Além disso, a Letónia assume o compromisso de apoiar a Ucrânia na defesa cibernética, na desminagem e nas tecnologias não tripuladas durante os próximos 10 anos, além de apoiar Kiev no seu caminho para a adesão à União Europeia (UE) e à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
"Obrigado, amigável Letónia! Estas são precisamente a especificidade e previsibilidade que a nossa luta pela liberdade e independência precisam", escreveu Zelensky no canal Telegram.
O Presidente ucraniano chegou hoje à Lituânia para participar na Cimeira e Fórum económico dos Três Mares e manter conversações com os chefes de Estado presentes, incluindo os líderes lituano e polaco, Gitanas Nauseda e Andrzej Duda, respectivamente.
A chamada Iniciativa dos Três Mares reúne 13 Estados-membros da União Europeia (UE) situados entre o Mar Báltico, o Mar Adriático e o Mar Negro.
"O principal agora é fazer todo o possível para reforçar a nossa defesa aérea, responder às necessidades urgentes das Forças Armadas da Ucrânia, bem como consolidar o apoio internacional para que possamos superar o terror russo", sublinhou ao anunciar a sua chegada a Vilnius.
Zelensky sublinhou que "o mal russo é uma ameaça não só para a Ucrânia, mas também para todos os povos que fazem fronteira com a Rússia e para todos aqueles que valorizam o direito internacional".
A Ucrânia já assinou vários acordos bilaterais de garantia de segurança com grandes potências e países mais pequenos, e está a preparar um semelhante com Espanha, como indicou recentemente após falar por telefone com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez. JM
