Beirute - O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, condenou um ataque que hoje matou pelo menos três membros da Defesa Civil libanesa no sul do país, segundo no mesmo dia, e convocou uma reunião urgente para a próxima segunda-feira, de acordo com a Lusa.
"Esta nova agressão contra o Líbano é uma violação flagrante do direito internacional e um ataque flagrante aos valores humanitários. Tais actos não são surpreendentes por parte do inimigo israelita, que continua os seus crimes em territórios libaneses e terras palestinianas", disse o chefe do Governo.
Num comunicado, o primeiro-ministro libanês anuncia que, como Israel "ignora as leis e normas internacionais", convocou uma reunião "urgente" na próxima segunda-feira com "embaixadores ocidentais e representantes de organizações internacionais para assumirem as suas responsabilidades em parar a agressão israelita contra o Líbano".
O Ministério da Saúde do Líbano anunciou hoje que três socorristas morreram e outros dois ficaram feridos num ataque israelita contra uma equipa da Defesa Civil que estava a combater incêndios no sul do país, causados por anteriores ataques também das forças israelitas.
Também a Defesa Civil libanesa confirmou a morte de três dos seus membros no "ataque israelita que teve como alvo um carro de bombeiros".
Estas mortes ocorreram poucas horas depois de o ministério ter informado que dois paramédicos ficaram feridos num outro ataque junto à cidade de Qabrikha, no sul do Líbano.
O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou a responsabilidade por sete ataques ao longo do dia, alguns em retaliação às acções israelitas contra cidades no sul do Líbano.
O exército israelita informou hoje ter detectado cerca de 45 projécteis disparados do Líbano em direcção a alguns pontos da fronteira norte, a maioria dos quais foi interceptada e não causou feridos.
Também confirmou que fez ataques, mas visando infra-estruturas militares do Hezbollah.
O sul do Líbano tem sido palco de trocas de tiros quase diárias entre o Hezbollah e o exército israelita desde o início da guerra em Gaza, em 07 de Outubro, entre Israel e o grupo palestiniano Hamas, aliado do movimento libanês.
No Líbano, esta violência transfronteiriça deixou 614 mortos, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também pelo menos 138 civis, segundo uma contagem da agência francesa AFP.
Do lado israelita, 24 soldados e 26 civis foram mortos, segundo o exército. GAR