Moscovo – O presidente russo, Vladimir Putin afirmou hoje que o plano de paz apresentado pela China pode ser a “base da resolução pacífica” na guerra da Ucrânia, acrescentando que a Ucrânia e o Ocidente têm de estar “prontos”.
O estadista revelou o facto a imprensa em Moscovo, após um encontro com o presidente chinês Xi Jinping, que visita a Rússia.
De acordo com o líder russo, “o Ocidente decidiu lutar contra a Federação Russa até o último soldado ucraniano morrer", reagindo à suposta notícia de que o Reino Unido vai enviar munições de urânio à Ucrânia.
Assim, "a Rússia será obrigada a agir", avisou.
Em relação aos acordos assinados com a China, Vladimir Putin lembrou
que os dois países estão unidas pelas boas relações de vizinhança.
"É claro que a nossa principal prioridade é o comércio e a economia e isso é bastante natural, tendo em consideração que a China é o principal parceiro comercial do nosso país", continuou.
Revelou que assinaram vários acordos e que eles "refletem totalmente a natureza das relações russas e chinesas, que estão no ponto mais alto da história dos dois países".
Por seu turno, o presidente chinês, Xi Jinping afirmou ser "imparcial" e “pronto” para iniciar as “conversações de paz” entre a Rússia e a Ucrânia.
Assinalou ainda que as reuniões com Putin foram “produtivas” e os dois países vão colaborar a vários níveis.
N segunda-feira, os dois governantes estiveram igualmente reunidos, tendo sido discutido o plano de paz proposto pela China para a Ucrânia.
Em causa está uma proposta de 12 pontos que pede um abrandamento do conflito e um eventual cessar-fogo na guerra entre a Rússia e Ucrânia.