Islamabad - As autoridades da província paquistanesa do Punjab proibiram a realização de manifestações públicas a partir de hoje, numa tentativa de pôr termo a protestos contra a alegada violação de uma estudante numa universidade.
O Departamento do Interior da Administração do Punjab, região ocidental do Paquistão, proibiu todos os protestos, manifestações e actividades públicas durante dois dias a partir de hoje, bem como as concentrações de mais de quatro pessoas, segundo noticiou a Lusa.
"Tendo em conta a situação de ordem pública, qualquer tipo de protesto é susceptível de constituir um alvo fácil para os terroristas e malfeitores", refere uma nota oficial.
Os protestos contra a alegada violação da estudante universitária tiveram lugar durante quatro dias consecutivos nas cidades de Lahore e Rawalpindi, ambas na província paquistanesa do Punjab.
As informações sobre a alegada violação começaram a circular segunda-feira, alegando que teria sido cometida por um membro da segurança no Punjab College (PGC), instituição de ensino para mulheres.
Mas, tanto a universidade como o governo de Punjab afirmaram que não foram encontradas provas de violação.
"Quinta-feira, mais de 350 estudantes foram presos em Rawalpindi" por causa de protestos violentos, disse à agência de notícias espanhola EFE o porta-voz da polícia de Rawalpindi, Siddique Hussain.
Os estudantes alegam que o governo está a tentar encobrir a questão devido à influência da universidade e anunciaram a continuação dos protestos hoje em diferentes cidades do Punjab e em Islamabad.
Notificações separadas do Departamento do Ensino Superior e do Departamento do Ensino Escolar informaram que todas as escolas, colégios e universidades públicas e governamentais permaneceriam encerradas em toda a província. GAR