Jerusalém - Pelo menos um palestiniano morreu hoje e três ficaram feridos, numa operação realizada pelas forças de segurança israelitas em Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada.
O Ministério da Saúde palestiniano indicou que um homem de 19 anos, Salah Bariqi, sofreu um ferimento fatal no pescoço, enquanto três pessoas foram baleadas nos braços ou pernas.
O exército israelita estava a realizar uma operação na cidade de Jenin, durante a qual invadiu vários edifícios, de acordo com a agência de notícias palestiniana WAFA.
As autoridades locais indicaram que o exército israelita deteve um jovem.
As forças israelitas confirmaram que responderam com munição real, depois de terem sido recebidos com "explosivos e tiros" durante uma operação de detenção de um suspeito em Jenin.
Na quinta-feira, os palestinianos observaram uma greve geral na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental para protestar contra a morte de um palestiniano morto a tiro por soldados israelitas.
As autoridades israelitas acusaram o palestiniano de realizar um ataque, no início de Outubro, em Jerusalém Oriental, causando a morte de Noa Lazar, um soldado israelita de 18 anos.
A Cisjordânia ocupada está a viver o ano mais violento desde 2015 - quando começou a designada 'Intifada das Facas' -, com ataques e confrontos quase diários entre milicianos palestinianos e militares israelitas, além de distúrbios com colonos judeus.
Os ataques deixaram mais de cem mortos do lado palestiniano, o maior número de mortos na Cisjordânia em quase sete anos, indicou a ONU.
Segundo as autoridades palestinianas, a morte de Salah Bariqi eleva para 175 o número de vítimas mortais das operações israelitas este ano: 124 na Cisjordânia e 54 em Gaza, incluindo 41 crianças.
Peritos do mais alto órgão de direitos humanos da ONU consideraram na quinta-feira que a ocupação israelita de territórios que os palestinianos procuram para o futuro Estado, incluindo a Cisjordânia, é "ilegal à luz do direito internacional".