Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu hoje para uma resposta internacional unificada, perante a identificação da nova variante do vírus Mpox na Europa e que as pessoas não entrem em pânico com exemplos "alarmistas".
"A identificação da primeira infecção da clade (variante) 1b do Mpox na Suécia sublinha a necessidade de os países afectados combaterem o vírus em conjunto", afirmou o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O responsável encorajou todos os países a melhorar a vigilância, a partilhar os dados de que dispõem e a trabalharem para compreender melhor a transmissão, bem como a partilhar as vacinas de que dispõem.
Um dia depois da notificação do caso sueco, as autoridades paquistanesas comunicaram, hoje, o primeiro caso confirmado de varíola na Ásia desde que a OMS declarou uma emergência global para a doença.
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) afirmou, hoje, em Genebra, que a doença afecta particularmente as comunidades marginalizadas, que necessitam de informação clara sobre a forma de se protegerem e de identificarem os sintomas.
De acordo com a OMS, existe actualmente meio milhão de uma das duas vacinas que foram desenvolvidas em processos rápidos contra o Mpox, podendo ser produzidas mais 2,5 milhões de doses no próximo ano.
A "varíola dos macacos" é uma doença viral que se propaga dos animais para os seres humanos, mas também é transmitida por contacto físico próximo com uma pessoa infectada com o vírus.
O Mpox foi descoberto pela primeira vez em seres humanos em 1970, na actual RDC (antigo Zaire), com a propagação do subtipo clade I (do qual a nova variante é uma mutação), que desde então tem estado principalmente confinado a países da África Ocidental e Central, onde os doentes são geralmente infectados por animais. JM